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Criança campinense é uma das 63 diagnosticadas no mundo com “doença do envelhecimento”

Médica da UFCG acompanha a paciente há 3 anos

 

Mora em Campina Grande uma das 63 crianças diagnosticadas no mundo com o problema genético conhecido como "doença do envelhecimento". O diagnóstico foi confirmado no início do mês, com a chegada do resultado de exames realizados nos EUA.

 

A progéria, nome oficial da enfermidade, é causada por uma mutação no gene LMNA (conhecido como o gene do envelhecimento), que faz com que ele envelheça a uma velocidade muito mais rápida do que o normal. Doenças cardiovasculares, como infartos ou derrames, começam a aparecer desde cedo e derrubam a expectativa de vida dos doentes para 13 anos.

 

“É uma doença considerada raríssima, com incidência de um caso a cada 8 milhões de nascidos”, explica a médica especialista em genética, Paula Franssinette Medeiros, professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que acompanha a paciente há 3 anos.

 

Bianca Pinheiro, de 4 anos, ainda não apresenta problemas graves. “O tratamento inclui o uso de remédios para doenças cardiovasculares e para o fortalecimento dos ossos, “além de um medicamento específico, ainda em teste, para o gene que sofreu mutação”, diz a médica.

 

Os exames foram feitos na Fundação de Pesquisa em Progéria (Progeria Research Foundation), localizada em Peabody, estado de Massachusetts, organização dedicada a ajudar os familiares e médicos de portadores da doença, além de financiar pesquisas com o objetivo de encontrar a cura para a síndrome.

 

“Eles procuram pessoas no mundo inteiro que tenham progéria, pois isso facilita a pesquisa e possibilita que essas pessoas sejam tratadas com os recursos mais modernos”, conta Franssinete. Com a confirmação do diagnóstico, Bianca poderá fazer o tratamento nos EUA. "Por 2 anos, de 6 em 6 meses ela irá para lá. A fundação financia todo o tratamento", diz.

 

Para achar outras crianças com progéria, a Fundação lançou na internet a campanha Encontre as outras 150 (http://www.findtheother150.org). Na época, eram conhecidas 52 crianças no mundo com a doença, e os cientistas estimavam que deveria haver 200. Bianca foi uma das crianças encontradas.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 29/04/2010