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Meta da UFCG é ter 80% da pós-graduação com conceito igual ou maior que 5

Afirmação é do pró-reitor Rômulo Navarro, que participa do Fórum de Pró-reitores de Pós-graduação do Nordeste. Avaliação realizada pela Capes atribui notas de 1 a 7

 

Em tempo de reunião regional do Fórum de Pró-reitores de Pós-graduação, o pró-reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Rômulo Navarro, faz uma análise sobre o primeiro ano de sua gestão na Pró-Reitoria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

 

Aponta a informatização do controle acadêmico como ponto de partida para a implantação de uma política linear de gerenciamento. “Otimizamos estratégias e procedimentos administrativos que, anteriormente, com os dados fragmentados nas coordenações dos programas de pós-graduação, prejudicavam a execução de algumas ações”.

 

Ele participa do fórum que debate questões fundamentais para o fomento e desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação na região - até esta sexta-feira, 7.

 

Segundo Navarro, a organização das informações, no âmbito da UFCG, repercutiu consideravelmente na captação de recursos na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação e trouxe uma nova visão institucional sobre os programas.

 

“Dados fiéis sobre o tempo de conclusão do curso, execução anual dos projetos, a agilidade e segurança na emissão dos certificados e diplomas não se refletem apenas na dinâmica do processo, são pontos que repercutem nas avaliações”, comentou.

 

Neste período, houve um aumento substancial no número de Bolsas de Demanda Social financiadas pela Capes. Para os programas de mestrado elas passaram de 130 para 200, mais de 50% de acréscimo; e, nas de doutorado, elas mais que duplicaram, as 60 atingiram o patamar de 140.

 

“Com esses dados processados e bem argumentados, pudemos reivindicar ao MEC uma distribuição simétrica de recursos e bolsas com outros programas nacionais. Se dispomos de um programa semelhante ao da USP, por exemplo, é natural que tenhamos igual número de concessões”, ilustrou.

 

A PRPG também tem cobrado o controle do tempo médio para a conclusão dos cursos, pois as extrapolações são significantes nos processos de avaliação. “Solicitando às coordenações que comuniquem, num prazo de 24 horas, as defesas pode-se acompanhar e exigir os trâmites para as baixas no sistema”, explicou, destacando também que a maioria dos cursos se encontrava em desacordo com o regimento geral da Pós-graduação stricto sensu da UFCG.

 

A pró-reitoria tem dado todo apoio à participação dos coordenadores nos fóruns relacionados aos seus programas e vem incentivando a publicação em periódicos internacionais, muitas vezes custeando a parcela que cabe ao pesquisador.

 

Mas, para isso é necessário que esses eventos estejam no Qualis - estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação – da Capes. “São pontos fundamentais para uma melhor qualificação, não adianta termos mestrados com Conceito 3 e doutorados com o 4”, asseverou.

 

Navarro adiantou que está estabelecendo um controle da execução dos recursos oriundos do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap), com a implantação de um software e o acompanhamento de um contador. “Precisamos investir essas divisas na melhoria da nossa pós, não meramente utilizá-las para o seu custeio”, ponderou.

 

Essas medidas, segundo o pró-reitor, têm sido bem aceitas pela comunidade acadêmica. “O trabalho de conscientização e de comprometimento de todos os agentes da pós-graduação na nossa universidade gerou uma interação salutar para a dinâmica de nossas políticas administrativas. A PRPG também cobrando, e não sendo unicamente cobrada, vem construindo um novo tempo”, concluiu.

 

A expectativa da pró-reitoria é de que os programas com conceitos baixos avancem pelo menos um degrau nas avaliações trienais. Para 2015, a meta é que 80% dos cursos de pós-graduação da UFCG estejam com conceito maior ou igual a 5 – ou equivalente, caso haja modificação dos parâmetros. A atual Avaliação dos Programas de Pós-graduação, realizada pela Capes, atribui notas de 1 a 7.

 

Novos programas

 

Foi recriado o Mestrado em Engenharia Mecânica e criados, ainda em processo de avaliação pela Capes, os mestrados em Ciências Agrárias – no campus de Pombal – e em Educação Ambiental, no campus de Cajazeiras. Estão em avaliação interna os projetos de criação dos mestrados em Medicina, campus de Campina Grande; em Letras, Cajazeiras; e em Química, no campus de Cuité.

 

A PRPG vem trabalhando para a criação do mestrado associado em Educação, nos moldes do doutorado em Matemática, aprovado pela Capes, ambos em parceria com a Universidade Federal da Paraíba.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)


Data: 06/05/2010