Doutores desempenham papel-chave no desenvolvimento do país Nesta quarta-feira (09/06), foram debatidos no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) os resultados referentes aos estudos sobre demografia da base técnico-científica brasileira. Inúmeros dados sobre a formação, o emprego e as características demográficas dos doutores no Brasil foram reunidos para compor o livro “Doutores 2010 - Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira”, feito por meio de um intenso processo de colaboração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) com o MCT, o CNPq, a Capes e o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência Social. O debate contou com a participação do presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão, da Presidente do CGEE, Lúcia Carvalho Melo, do Consultor Legislativo do Senado Federal para política científica e tecnológica, Eduardo Baumgratz Viotti, Antônio Carlos Filgueira Galvão (CGEE), Sofia Daher (CGEE), entre outros integrantes. O livro apresenta informações detalhadas, na sua maior parte originais sobre a formação de doutores titulados no Brasil no período 1996-2008 e sobre o seu emprego no ano de 2008. Conforme dados expostos no estudo, o número de doutores titulados no Brasil cresceu 278% entre 1996 e 2008, o que corresponde a uma taxa média de 11,9% de crescimento ao ano. Na abertura do evento, Lúcia Mello afirmou que o livro dará uma contribuição muito importante para o processo de discussão e avaliação das políticas recentes de formação de doutores, assim como uma base para a sua reformulação ou aperfeiçoamento. Para Eduardo Viotti, um dos autores e organizador do livro, é fato que a formação de doutores tem atingido um patamar significativo, mas ainda é preciso que o Brasil aperfeiçoe políticas que visem a melhorar nossa posição no ranking dos países desenvolvidos. Segundo demonstrado do livro, em face das riquezas naturais, a proporção de cientistas e engenheiros no Brasil se situa em um nível cerca de 10 vezes menor do que as necessidades e desafios que o país apresenta e necessita superar. O papel estratégico desempenhado pelos doutores nos processos de produção e transmissão de conhecimentos e tecnologias justifica a necessidade de conhecer e acompanhar a evolução dessa população especifica. Um estudo abordado no livro demonstra que a participação da mulher deixou de ser minoria entre os doutores a partir do ano de 2004. “O percentual de mulheres no total de doutorados titulados vem crescendo muito, o que é extremamente positivo. No ano de 2004, o percentual de doutores mulheres foi de 50,5% e este valor tende a aumentar”, disse Viotti. Para o presidente do CNPq, Carlos Aragão, é fundamental continuar a expandir e melhorar a qualidade dos doutores brasileiros de forma a contribuir para o enfrentamento do desafio de produzir conhecimentos e inovações necessários ao avanço do processo de desenvolvimento brasileiro. No livro também foram analisadas as dimensões e características do fluxo de estrangeiros que entraram no mercado de trabalho brasileiro no período 1993 a 2009, com autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O livro pode ser acessado gratuitamente no site do CGEE: http://www.cgee.org.br/ (Assessoria de Comunicação Social do CNPq) Data: 10/06/2010 |