topo_cabecalho
Alunos indígenas da UFCG cursam módulo no campus de Campina Grande

Atividades incluem aulas, apresentações de seminários, viagens, pesquisas e debates

 

Termina oficialmente nesta quinta-feira, dia 8, o Período Letivo 2010.1 da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Para os milhares de alunos da instituição, depois de meses de intensa atividade acadêmica, é hora de relaxar, viajar e se divertir, certo?

 

Bem, este não é o caso dos alunos matriculados no curso de Licenciatura Indígena. Desde o início desta semana, 45 estudantes potiguaras estão hospedados no campus de Campina Grande, onde realizam diversas atividades referentes ao 2º módulo da graduação.

 

“Até a terça-feira da próxima semana, teremos aulas, apresentações de seminários, aulas de campo, pesquisas e debates, permitindo que se complete uma vivência intensa”, explica a professora Mércia Batista, coordenadora do curso.

 

Funcionando desde setembro do ano passado, a graduação é direcionada a professores indígenas que já concluíram o Ensino Médio e que estão lecionando em escolas na Terra Indígena Potiguara, no Litoral Norte da Paraíba.

 

O curso obedece a um regime seriado especial, sendo desenvolvido em dois períodos distintos: durante o período letivo regular nas escolas indígenas, o curso é ministrado nos finais de semana, na Escola Municipal Antonio Azevedo, em Baía da Traição. Durante as férias escolares nas escolas indígenas, os alunos da licenciatura cursam módulos concentrados nos campi da universidade.

 

No campus

 

A rotina de estudos no campus requer bastante dedicação. As atividades acontecem todos os dias, inclusive sábado e domingo. Começam às 8h e prosseguem até às 22h, com aulas de Língua Portuguesa, Geografia, História GeraI, Pedagogia da Alteridade, História Indígena e Direito Indígena.

 

Viagens também integram a programação. Depois de visitarem João Pessoa nesta quarta, os alunos seguem para Lagoa Seca, onde visitam um asilo nesta sexta, e para Recife, no próximo domingo, onde conhecerão o Instituto Ricardo Brennand. “As aulas de campo são fundamentais para que os alunos desenvolvam a noção de alteridade e compreendam o espaço geográfico e as implicações históricas e sociais de sua cultura”, comenta Mércia.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 08/07/2010