Aparelho amplia até 300 mil vezes e será usado no aperfeiçoamento de pesquisas desenvolvidas na universidade. Primeiras imagens obtidas pelo equipamento impressionam.

São impressionantes as primeiras imagens obtidas com o novo microscópio eletrônico de varredura (MEV) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). “O maior diferencial desse tipo de equipamento não é tanto o aumento conseguido, mas a maior profundidade de campo, que gera uma aparência tridimensional”, comenta o professor Marcelo Silveira, da Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais.

Uma das imagens mostra o corte transversal de um filme de material plástico, enquanto outra apresenta a cabeça de uma formiga. Nesta, é possível ver, claramente, as ranhuras e os pêlos que recobrem o exoesqueleto e a textura do olho do inseto.

O MEV é equipado com microssonda eletrônica e tem capacidade de ampliação de até 300 mil vezes, com poder de resolução da ordem de 7 Angstroms, podendo operar amostras biológicas e diversos materiais utilizados em engenharia.

O aparelho, que está em fase de testes, custou R$ 800 mil e foi adquirido com recursos do Fundo de Infra-Estrutura (CT-Infra), do Ministério da Ciência e Tecnologia, para aperfeiçoamento das pesquisas desenvolvidas na universidade.

Para operar o novo microscópio, uma equipe de seis pessoas da universidade está sendo capacitada por técnicos da empresa fabricante. A previsão é que na próxima semana o aparelho já esteja funcionando operacionalmente.

O novo microscópio será utilizado em aulas práticas de diversos cursos de graduação e pós-graduação e em programas de pós-doutorado, com o objetivo de complementar outros métodos de caracterização da microestrutura de materiais de forma mais ampla e genérica.

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)