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Megauniversidade deve permitir mobilidade acadêmica de alunos e professores

A mobilidade acadêmica deve ser um dos pontos de maior interesse para os estudantes no consórcio que será assinado por sete universidades mineiras em outubro.

 

Participam das discussões as federais de Alfenas (Unifal), Itajubá (Unifei), Juiz de Fora (UFJF), Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop), São João Del-Rei (UFSJ) e Viçosa (UFV), todas localizadas no sul e sudeste do Estado.

 

Na semana passada, as instituições assinaram um protocolo de intenções que prevê maior integração entre elas. A intenção do projeto, dizem os reitores, não é formar uma superuniversidade, mas obter super-resultados.

 

"Esperamos que cada uma reforce a outra", afirma o reitor da Unifal, Paulo Márcio de Faria e Silva.

A adesão ainda está sendo discutida nos Conselhos Universitários de cada universidade e deve ser formalizada em 15 de outubro. A intenção é que as instituições não percam autonomia administrativa nem orçamentária.

 

Hoje, os sete reitores devem se reunir em Lavras para estudar novos pontos do projeto. Mudanças, porém, só devem começar a aparecer a partir do próximo ano.

 

Os reitores ainda não confirmam se o ingresso dos estudantes será unificado --algumas federais fazem a seleção pelo Enem ou usam o exame como parte da nota--, mas dizem que uma das principais intenções do projeto é facilitar a mobilidade acadêmica de alunos e professores.

 

Segundo o reitor da Ufla, Antônio Nazareno, é discutida a possibilidade, por exemplo, de o estudante estudar metade do curso em uma universidade e metade em outra. O assunto, no entanto, ainda será avaliado após a formação do consórcio.

 

Atualmente, as sete universidades participam do programa de mobilidade acadêmica estabelecido pela Andifes (associação de reitores de federais), que permite ao aluno passar até um ano em outra instituição do país.

 

Desconhecimento

 

Representantes dos estudantes reclamam que o tema ainda não foi debatido com a comunidade acadêmica.

 

"Ficamos sabendo pela imprensa, pois estávamos de férias. Tivemos uma reunião com o reitor, mas discutimos pouca coisa", diz Danilo Bianchi, secretário-geral do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Ufop.

 

"Só revelaram aspectos positivos [do consórcio] até agora. Ainda não discutiram nada, não deu tempo de avaliar", diz Luã Cupolillo, coordenador do DCE da UFJF.

 

(Folha.com)


Data: 18/08/2010