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Edital investe R$ 4 mi em pesquisas sobre o crack

Ainda não existem estudos conclusivos a respeito do crack, contudo estima-se que o país possua um milhão de usuários da droga. Para ampliar a geração de conhecimentos que contribuam para a orientação de políticas públicas e possibilitar o desenvolvimento de formas mais eficazes de prevenção e novas abordagens terapêuticas, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério da Saúde e o CNPq/MCT lançam o Edital 41/2010.

 

De acordo com o gestor, Marcos Vinício Borges Mota, “a chamada se enquadra nos esforços do Governo Federal para resolução de um problema de saúde pública, pois o consumo da droga tem aumentado no Brasil, com graves conseqüências sanitárias e sociais nas vidas dos usuários e da comunidade de uma forma geral”. O Edital vai permitir a realização de estudos sobre a droga como o perfil do usuário, padrões de consumo, vulnerabilidade e modelos de intervenção. “Busca-se gerar e disponibilizar conhecimento científico através do financiamento das pesquisas. Os benefícios podem ser muitos: descrição da realidade dos usuários, das formas de tratamento, dados epidemiológicos confiáveis etc.” afirma Mota.

 

Temas

 

O proponente deve possuir o título de doutor e ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes e ser obrigatoriamente o coordenador do projeto. As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente via Internet, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na Plataforma Carlos Chagas até 25 de novembro. São três grandes temas de estudo, compostos por 10 linhas de pesquisa. O tema 1 trata da “Caracterização dos usuários”: a) Caracterização de usuários de crack em diferentes segmentos sociais; b) Aspectos culturais do uso de crack (Estratégias dos usuários para diminuição dos efeitos nocivos, tráfico, integração de usuários de crack na comunidade, etc); c) Caracterização clínica dos usuários de crack; e d) Fatores de vulnerabilidade entre usuários de crack.

 

O segundo tema “Avaliação da Rede Assistencial” engloba a) Avaliação da rede da atenção a usuários de álcool e outras drogas (barreiras de acesso, adesão aos serviços, avaliação de serviços de atenção a usuários de crack); b) Estudo das redes assistenciais informais; c) Avaliação das Políticas de saúde mental em álcool e outras drogas. O último tema é  “A atenção clínica ao usuário de crack” com as linhas a) Tecnologias de acolhimento e a vinculação com os serviços de saúde; b) Saberes e práticas a serem incluídos e estimulados no cuidado clínico; e c) Abordagens terapêuticas.

 

As propostas aprovadas serão financiadas pelo valor global estimado em  R$ 4 milhões de reais, R$ 2 milhões de reais oriundos do orçamento do CT-SAÚDE, R$ 1 milhão de reais oriundos do orçamento do MS/SCTIE/FNS e R$ 1 milhão de reais do orçamento da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS). Existem duas faixas de financiamento. A primeira, para projetos com orçamento proposto entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, destina-se a estudos multicêntrico, preferencialmente com representatividade regional. A faixa II abarca projetos cujo valor do orçamento proposto esteja entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

 

A droga

 

O crack é uma forma menos pura da cocaína e portanto mais barata e acessível. A fumaça, produzida pela queima da pedra, chega ao sistema nervoso central rapidamente e seu efeito dura entre 3 e 10 minutos. A sensação de euforia extrema é rapidamente seguida pela depressão, o que leva o usuário a procurar a droga novamente em busca de alívio levando ao vício. O crack pode causar doenças pulmonares e circulatórias, além da destruição de neurônios.

 

Veja o edital: http://www.cnpq.br/editais/ct/2010/041.htm

 

(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 13/10/2010