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Lousas e mesas digitais facilitam aprendizado de aluno com deficiência

Guilherme quase não enxerga. Camila não fala. Dennis escreve com dificuldade. Mas, com a ajuda da tecnologia, eles agora aprendem mais facilmente.

 

Há cerca de um mês, os alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Caetano do Sul (Grande SP) dispõem de lousas interativas da HechTech e de mesas educacionais eletrônicas da Positivo, doadas pelo Sesi.

 

Com as lousas, eles podem desenhar, escrever, acessar a internet e brincar com jogos educativos usando os dedos ou outra parte do corpo. Antes, a lousa comum não permitia a interação, já que muitos não tinham habilidade motora para segurar o giz.

 

A ferramenta também permite ampliar as letras, facilitando que Guilherme reconheça seu nome, escrito pela professora. E emite sons, que Camila pode compreender.

 

Rita Spinola Carlota, diretora do Centro de Vivências Especiais, ligado à prefeitura de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP), cita outras vantagens da lousa digital.

 

"Fica mais fácil trabalhar a questão da atenção, da concentração e da coordenação motora fina." O centro, que atende pessoas com deficiência ou dificuldades de aprendizagem, usa equipamentos da Smart Technologies.

 

Na escola especial Núcleo Aprendizagem e Desenvolvimento (zona sul de SP), a lousa digital também facilitou o trabalho de alunos e professores. "Usamos muito os recursos sonoros", diz a diretora, Sandra Ferrini.

 

O principal ponto da tecnologia é dar autonomia ao estudante com algum tipo de deficiência, diz Priscilla Selares, do IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência).

 

Ela afirma, no entanto, que a maioria das instituições de ensino ainda não dispõem dos equipamentos que tornam computadores acessíveis, por exemplo.

 

Pensando nisso, o Projeto F123 começou neste ano a disponibilizar gratuitamente, em seu site (f123.org), os softwares livres que uma pessoa com deficiência precisa para usar um computador, como o de teclado virtual.

 

Inclusão

 

Segundo Tadeu Terra, diretor de material digital dos sistemas de ensino (COC e Pueri Domus, entre outros) da Pearson, coisas pequenas podem facilitar a adaptação do deficiente na escola.

 

Ele cita como exemplos colocar legenda e áudio nos vídeos, pensar em um fundo que facilite a visão e trocar teclados comuns por outros gigantes e coloridos.

 

Vista como alternativa para casos em que há problemas de mobilidade, a educação a distância também se aprimora, com videoaulas e audiolivros.

 

"A educação a distância somada à tecnologia é a melhor maneira de encurtar o caminho da inclusão", diz o ex-ministro da Educação Carlos Alberto Chiarelli, diretor do Iesde e presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância.

 

Veja vídeo.

 

(Folha.com)


Data: 06/12/2010