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Expansão do ensino superior é fundamental para o progresso do estado, afirma reitor

Lista de metas da universidade inclui a criação de 12 novos cursos, dois campi, 23 pólos universitários e um campus avançado no bairro das Malvinas

 

São ambiciosas as metas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para os próximos anos. Além da criação dois novos campi - um em Itaporanga e outro em Itabaiana -, e de um campus avançado em Campina Grande, no bairro das Malvinas, também estão sendo avaliadas a criação de 12 novos cursos de graduação e a implantação de 23 pólos universitários em cidades adjacentes aos campi já existentes. No total, cerca de 3.350 novas vagas anuais.

 

“Não podemos pensar de forma diferente”, defende o reitor Thompson Mariz. “Expandir a oferta de vagas no ensino superior para todas as micro-regiões da Paraíba é fundamental para a redução da disparidade social que nos separa de outros estados”, garante o dirigente, que instituiu, logo após a criação da UFCG, em 2002, o Plano de Expansão da universidade.

 

À época, a instituição era composta por quatro campi universitários, localizados em Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, e contava com apenas 750 professores, 7.500 alunos de graduação e 600 de pós-graduação, distribuídos em 28 cursos de graduação, sete mestrados e três doutorados.

 

“Vivíamos um estado de estagnação”, lembra. “Só pra se ter uma idéia, no campus de Campina Grande, nenhum curso havia sido criado nos últimos 20 anos!”.

 

Atualmente, a UFCG é composta por sete campi (os quatro originais, mais os campi de Cuité, Pombal e Sumé), oferecendo 67 cursos de graduação, 20 mestrados e oito doutorados. Conta com 1.359 professores (aumento de 81,2%), 17 mil alunos de graduação (126,7%) e 2.015 de pós-graduação (210%).

 

Em 2002, o vestibular da instituição ofereceu 1.650 vagas. Já no último vestibular realizado, para ingresso em 2011, foram 4.750 as vagas oferecidas. Um aumento de quase 190 %.

 

“Os dados da Educação Nacional, entretanto, ainda não nos permitem descansar”, observa o reitor, citando o Censo da Educação Superior 2009, que registrou quase 3 milhões de vagas de ingresso em cursos de graduação presencial no Brasil, no ano de 2008. “Desse total, apenas 344.038 (11,52%) foram ofertadas em instituições públicas”, destaca.

 

Ainda de acordo com a pesquisa, a região Nordeste, com cerca de 30% da população do país, detém apenas 14,3% das vagas de ingresso registradas em todo o Brasil. Destas, a Paraíba detém 7,14%, o que corresponde a apenas 1,02% do total nacional (somadas as vagas ofertadas pelas instituições públicas e privadas).

 

“Esse percentual assegura que apenas 4% da população de jovens paraibanos, entre 18 e 24 anos, tenham acesso ao ensino superior”, alerta Thompson, apontando a implantação de pólos universitários como um dos caminhos viáveis para a solução do problema.

 

“Dadas as características socioeconômicas da região, esta possibilidade afigura-se como uma opção bastante plausível porque, com um mínimo de infra-estrutura física e de recursos humanos, pólos funcionariam prescindindo de estrutura administrativa, já que podem atuar como extensões administrativas de campi universitários já instalados e consolidados”, explica.

 

Os pólos seriam instalados em cidades paraibanas adjacentes aos campi já existentes, ou a serem criados, para a oferta de, no mínimo, dois cursos de graduação, presencial ou a distância, por pólo, totalizando uma oferta mínima de 2.300 vagas de ingresso.

 

As cidades a serem beneficiadas seriam Teixeira, Santa Luzia, Catolé do Rocha, São Bento, Coremas, Uiraúna, São João do Rio do Peixe, Triunfo, São José de Piranhas, Bonito de Santa Fé, Monteiro, Serra Branca, Taperoá, Boqueirão, Picuí, Barra de Santa Rosa, Piancó, Conceição, Princesa Isabel, Juripiranga, Pedras de Fogo, Queimadas e Esperança.

 

Com relação à criação de um campus avançado em Campina Grande, no bairro das Malvinas, ele adianta que a nova estrutura teria como objetivo acomodar novos cursos que a comunidade acadêmica vem demandando, a exemplo do curso de Cinema, “que exige um complexo de laboratórios e estúdios que lhe são próprios e inerentes”, além de poder vir a concentrar cursos de áreas afins, como Arte e Mídia, Música, Comunicação Social e Desenho Industrial.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 29/12/2010