Municípios dão exemplos de técnicas educacionais eficazes Estratégias distintas, resultado semelhante. Dois municípios, um no Amazonas e outro em São Paulo, dão exemplos de atitudes simples e eficazes para alavancar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Marília (SP) e Fonte Boa (AM) têm médias de 6,4 e 4,8, respectivamente, nas séries iniciais do ensino fundamental, numa escala que vai de zero a dez. As notas estão acima da média nacional, de 4,6. No caso de Fonte Boa, ultrapassou as projeções feitas pelo Ministério da Educação em mais de dez anos. Com apenas dois décimos de vantagem com relação à média nacional, o município de Fonte Boa não parece um bom exemplo. Entretanto, o feito educacional da cidade está no crescimento. Em 2005, quando começou a ser avaliada, a média do município era de 2,6, o que o classificava como prioritário para o atendimento do MEC. Apenas quatro anos mais tarde, a cidade ultrapassou a nota brasileira e colecionou feitos, como a segunda nota mais alta entre todas as escolas públicas de primeira a quarta série do país. Margeado pelo rio Solimões e com apenas 25 mil habitantes, Fonte Boa fica a 600 quilômetros da capital, Manaus. O principal acesso ao município é por via fluvial, em trajetos que duram, no mínimo, 19 horas, se feitos pelo “expresso”, barco que atinge alta velocidade. Mas Luizete está longe de considerar isso uma desvantagem. “Morar no interior facilita o trabalho. Se o aluno falta, vou até a casa dele no mesmo dia”, revela. Já a chave do sucesso de Marília (SP), município com índices educacionais comparáveis a países desenvolvidos, está na valorização profissional. Nada de indicações políticas. Os diretores de escolas são selecionados mediante concurso público. Toda equipe pedagógica da secretaria de educação é formada por professores efetivos do município. “Costumo dizer que estou supervisor, mas sou professor da rede. Conheço o cotidiano de nossas escolas”, relatou Helter Rocha, supervisor da educação básica do município. (MEC) Data: 17/03/2011 |