topo_cabecalho
UFCG vence Prêmio Petrobras de Tecnologia

Trabalho do mestrando Luiz Fernando Rodrigues utilizou liga metálica com memória de forma

 

Figurando mais uma vez entre as principais instituições de pesquisa científica do país, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) acaba de conquistar o Prêmio Petrobras de Tecnologia. O resultado foi anunciado nesta quinta, dia 17.

 

O autor do trabalho vencedor foi o aluno Luiz Fernando Alves Rodrigues, do Programa de Pós Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, orientado pelo professor Carlos José de Araújo. Ao todo, foram inscritos 346 trabalhos.

 

O Prêmio Petrobras de Tecnologia contempla nove temas tecnológicos, com três categorias cada: Graduação, Mestrado e Doutorado. Luiz Fernando concorreu na categoria Mestrado, no tema Tecnologia de Logística e de Transporte de Petróleo, Gás e Derivados. Ele receberá R$ 15 mil como premiação, além de bolsa de estudos do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) para elaboração da tese.

 

Tecnologia avançada

 

O trabalho do mestrando foi desenvolvido no Laboratório Multidisciplinar de Materiais e Estruturas Ativas (LaMMEA) da UFCG e envolve uma das mais avançadas tecnologias da área de materiais: as ligas metálicas com memória de forma. Elas são capazes de retornar à sua forma original depois de terem sido deformadas, seja por aplicação de calor ou por superelasticidade.

 

“O que produzimos aqui foi um parafuso superelástico, a ser utilizado em juntas de dutos de extração e transporte de petróleo, seus derivados e gás natural”, explica Luiz Fernando. A utilização do produto evitaria, por exemplo, o risco de vazamento ou manutenções constantes.

 

Quando fabricado em material clássico, o parafuso não deve ser utilizado em aplicações que imponham grandes variações de carga, já que este funciona como uma união de elevada rigidez. "O parafuso desenvolvido aqui na UFCG, entretanto, pode sofrer grandes deformações, que são recuperáveis, da ordem de 5 a 6 % (enquanto que um parafuso tradicional suporta no máximo 0,2%). Essa capacidade aumenta consideravelmente a confiabilidade em juntas dos sistemas petroleiros”, diz o estudante.

 

Segundo o professor Carlos Araújo, as ligas com memória de forma já são usadas em um grande número de aplicações, de antenas de telefonia celular a aparelhos ortodônticos e próteses cardíacas. "Entretanto, apesar do grande avanço que temos nessa área, todos os produtos utilizados no país são importados”, comentou.

 

Prêmio

 

Em sua 5ª edição, o Prêmio Petrobras de Tecnologia visa reconhecer a contribuição da comunidade acadêmica brasileira para o desenvolvimento tecnológico da Petrobras e da indústria nacional de energia, além de incentivar a revelação de talentos e de trabalhos inovadores no segmento de petróleo, gás e energia. 

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 18/03/2011