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CNPq comemora 60 anos com o lançamento de prêmios e a entrega de títulos honoríficos

Na ocasião foram lançados o XXV Prêmio Jovem Cientista e o selo dos Correios em homenagem ao aniversário

Na noite da última quarta (27/04), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) comemorou seu aniversário de 60 anos. A solenidade que aconteceu no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, contou com a presença de inúmeras autoridades, cientistas, políticos e funcionários.

 

Durante a cerimônia, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, traçou um panorama sobre a contribuição do Conselho, que ao longo destes 60 anos teve papel central no estabelecimento e consolidação da ciência brasileira, bem como sobre as perspectivas para o futuro. “O cenário para a ciência e tecnologia do Brasil neste século XXI pressupõe novos paradigmas e desafios e o CNPq permanecerá na vanguarda de sua transformação. A nova ciência brasileira exige mais atenção às demandas da sociedade. Vivemos a economia do Conhecimento e a ciência brasileira não pode deixar de aprofundar seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país, o que requer instrumentos mais eficientes de estímulo à inovação, tanto no ambiente acadêmico, como também e principalmente, nas empresas”, ressaltou.

 

Para a ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, o Brasil vem avançando muito por meio do apoio a Ciência. “Nestes últimos anos, o Brasil, através de políticas públicas e outros programas, tem buscado minorar as desigualdades, proteger mais o meio ambiente e consolidar uma cultura que preza a igualdade, educação e a transferência das riquezas e do conhecimento. E creio que a ciência e tecnologia são poderosos instrumentos para construir este espaço de igualdade e superação. Por isso, parabenizo o CNPq, que nestes seus 60 anos vem prestando um importante serviço em prol da melhoria do nosso país”, destacou.

 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante destacou durante a cerimônia que apesar dos grandes avanços alcançados pelo Brasil, estimulados principalmente pela área de C&T, o país precisa superar muitos desafios para alcançar o pleno desenvolvimento e mostrar no cenário internacional todo seu potencial. “Precisamos ter visão de futuro, se tivemos 60 anos de muitas conquistas, temos a obrigação de pensar com grandeza, pensar nos próximos 60 anos. E para isso é necessário inovar mais, já que hoje nossas empresas não investem o suficiente em inovação, é preciso que o setor privado dialogue mais com a academia, que o país invista em uma educação de qualidade e reduza as desigualdades regionais. Se hoje somos a 7ª economia do mundo e estamos no 13° lugar de produção cientifica, temos potencial para muito mais”, pontuou.

 

Autoridades

 

Estiveram presentes, entre outros, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), Mario Neto Borges, o presidente do Conselho Nacional de Secretários para assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI), Odenildo Teixeira Sena, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Guimarães, o senador Rodrigo Rolemberg (PSB) e o deputado federal Newton Lima Neto (PT).

 

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, pontuou a necessidade de garantir uma educação de qualidade a todos os brasileiros para alavancar ainda mais a área de C&T. “Ciência e educação devem ter prioridade em nosso país, portanto é imprescindível que não haja cortes nestas áreas, pois o grande desafio do Brasil para a próxima década é valorizar o ensino, estimular a convergência dos padrões de acesso ao conhecimento e principalmente erradicar a pobreza. Só assim, formaremos indivíduos cada vez mais interessados pela C,T&I e teremos conseqüentemente maior reconhecimento em termos mundiais”, afirmou.

 

Prêmios

 

Durante as comemorações ocorreu o lançamento da XXV edição do Prêmio Jovem Cientista com o tema “Cidades Sustentáveis”, por meio da assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o CNPq, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Gerdau, a Fundação Roberto Marinho e a General Electric do Brasil (GE), a mais nova parceira do Prêmio.  “Há 130 anos a nossa empresa foi fundada por Thomas Edson. Então não é coincidência o apoio da GE ao Prêmio Jovem Cientista. Nós precisamos inovar, reinventar, pensar de forma diferente” afirmou o presidente da GE no Brasil, João Geraldo Ferreira.

 

Outra novidade foi o lançamento da 1ª edição do Prêmio de Fotografia Ciência e Arte, voltado para a comunidade acadêmica e científica, que pretende fomentar a produção de imagens com a temática de C,T&I para criar um banco de imagens e o anuário brasileiro da fotografia cientifica. As inscrições estarão abertas entre 12 de junho e 12 de agosto de 2011.

 

Homenagens

 

Os ex-presidentes Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho; Erney Felício Plessmann Camargo; Esper Abrão Cavalheiro; Evando Mirra de Paula e Silva; Gehard Jacob; José Dion de Melo Teles; Lindolpho de Carvalho Dias; Marco Antonio Zago; Maurício Matos Peixoto e Roberto Figueira Santos receberam troféu comemorativo aos 60 anos do Conselho. O professor Lynaldo Cavalcanti, falecido em janeiro deste ano, recebeu homenagem póstuma.

 

Representando os ex-presidentes, Aragão destacou a liderança do CNPq para construir um forte sistema nacional de Ciência e Tecnologia. “O CNPq foi a semente que gerou essa bela árvore do conhecimento que nos trouxe à condição de país emergente”. Além de lembrar os desafios que precisam ser superados, como encontrar formas para desenvolver o país com consciência sócio-ambiental.

 

Na ocasião, o vencedor do concurso para escolher a logomarca alusiva aos 60 anos do CNPq, Arnaldo da Silva Mota, recebeu o prêmio das mãos do presidente da Agência.  Os 19 servidores do CNPq que completaram 25 anos de serviços prestados a Agência, em dezembro de 2010, também foram homenageados com a placa comemorativa “Prata da Casa”, como reconhecimento à fundamental contribuição para a excelência dos resultados da agência.

 

Honrarias

 

Durante a cerimônia aconteceu a outorga do título de Pesquisador Emérito e Menção Especial de Agradecimento, respectivamente concedida a pesquisadores que prestaram relevantes contribuições ao desenvolvimento científico e tecnológico do país, e instituições colaboradoras que incentivaram o crescimento, desenvolvimento, aprimoramento e divulgação do CNPq na missão de fomento a pesquisa e formação de recursos humanos para a pesquisa em todas as áreas do conhecimento.

 

Em 2011 foram cinco agraciados. O sociólogo Gabriel Cohn, o engenheiro Evando Mirra de Paula e Silva e o médico Zilton de Araújo Andrade receberam o título de Pesquisador Emérito. Já a Fundação Conrado Wessel (FCW) e a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) receberam a Menção Especial de Agradecimento da agência.

 

Mirra, que teve a tarefa de representar os pesquisadores eméritos, afirmou que o CNPq teve um papel fundamental no avanço da Ciência brasileira. “É uma honra muito grande receber o título de Pesquisador Emérito. E essa conquista não é só minha, mas essencialmente coletiva, pois ciência não se faz no isolamento, nem sozinho, deve ser sim compartilhada com toda comunidade cientifica, dialogada com parceiros e transferida em serviços para a sociedade”, completou.

 

Selo de qualidade

 

Para homenagear o aniversário da agência, o Ministério das Comunicações e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançaram o selo personalizado e o carimbo comemorativo alusivos aos 60 anos do CNPq. “O dia de hoje é um marco importante na história das pesquisas científicas no Brasil, pois o CNPq exerce papel de vanguarda da pesquisa científica no Brasil”, afirmou o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Wagner Pinheiro de Oliveira.


(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 29/04/2011