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UFCG pretende ser pioneira na utilização de computação voluntária no Brasil

Projetos pilotos estão relacionados à Bioinformática e aos efeitos das mudanças do clima no Semiárido Brasileiro

 

Juntamente com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e outras entidades, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está participando de uma série de eventos pelo país com o objetivo de divulgar a chamada “computação voluntária”. Intitulada Ciência Cidadã no Brasil, a programação teve início na última segunda-feira, dia 2, em Brasília, e prossegue no Rio de Janeiro e em São Paulo.

 

Prática pouco difundida no Brasil, a computação voluntária é comum na Europa e nos Estados Unidos, onde permite a resolução de problemas importantes para a sociedade com custos muito baixos. A idéia é simples e eficiente: voluntários conectados à internet permitem que parte da capacidade ociosa de processamento de seus computadores pessoais seja usada para cálculos e simulações em pesquisas científicas. Atuando em conjunto, os dispositivos funcionam como um supercomputador.

 

A Universidade de Oxford, no Reino Unido, já realizou trabalhos importantes através da computação voluntária. Usando a capacidade ociosa de 50 mil computadores, pesquisadores britânicos simularam modelos de previsões climáticas e estudaram as possíveis alterações que a emissão de gases na atmosfera poderia causar no clima. Os resultados do estudo comprovaram que existe forte influência desses gases no aumento das catástrofes naturais no planeta.

 

No Brasil, a UFCG pretende ser pioneira na utilização desta prática. “Dois projetos estão sendo pensados e podem ser pilotos nessa nossa iniciativa”, informou o professor da Unidade Acadêmica de Ciência da Computação, Francisco Vilar Brasileiro, em entrevista concedida ao Programa A Voz do Brasil.

 

“Um dos projetos está relacionado à Bioinformática e tem a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) como parceira. O outro tem a ver com a avaliação dos efeitos das mudanças do clima nas cisternas que foram implantadas em vários lugares no Semiárido Brasileiro. Vamos usar um modelo de simulação para entender quão vulneráveis estes sistemas estão em relação a possíveis mudanças de clima nos próximos 20 ou 30 anos”, explicou.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG, com dados da EBC)


Data: 05/05/2011