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Festival Internacional de Música supera expectativas e se consolida no calendário de eventos da cidade

Encerramento aconteceu na noite do último sábado no Teatro Municipal

 

“Não vamos nos despedir, pois se despede quem está partindo. Nós estamos chegando, e chegando pra ficar”. Foi assim, confirmando a consolidação do evento no calendário artístico e cultural da cidade, que o coordenador geral, Carlos Alan Peres, encerrou o II Festival Internacional de Música de Campina Grande (FimusCG) na noite do último sábado, 9, no Teatro Municipal Severino Cabral, sob os aplausos de uma platéia lotada.

 

“Já sabíamos que ia ser um sucesso, mas não esperávamos tanto”, confessou a reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves, surpresa com o grande público presente, reação também compartilhada pelo pró-reitor de Ensino da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Vicemário Simões, que, representando o reitor Thompson Mariz, parabenizou os realizadores pelo sucesso do evento. “Era um sonho adormecido, agora realizado”.

 

As emoções já haviam começado no início da programação, quando ocorreu a entrega do Prêmio Radegundis Feitosa, músico paraibano falecido no ano passado, considerado um dos melhores trombonistas do mundo.

 

O troféu foi entregue por sua mãe, D. Joanita Feitosa, ao músico argentino José Alberto Kaplan, radicado na Paraíba, falecido em 2009 e representado pelo professor e compositor Eli-Eri Moura.

 

“Esta noite, Campina engrandece a cultura paraibana, prestando uma homenagem mais do que merecida a dois dos maiores músicos de nosso tempo”, declarou Moura, destacando a importância de Radegundis e de Kaplan na formação de toda uma geração de músicos.

 

A regulamentação do prêmio, instituído pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), foi entregue pela reitora Marlene Alves à viúva de Radegundis, Simone Feitosa, que agradeceu emocionada. “Tenho certeza que ele ficaria feliz em ver esta linda homenagem que vocês estão fazendo”.

 

O tributo a Radegundis não ficou restrito a discursos e troféu. O Réquiem para um trombone, de autoria de Eli-Eri Moura, composto em memória do músico paraibano, foi executado pela Orquestra do II Festival - com todos os alunos e músicos professores que participaram do evento -, sob regência do maestro Vladimir Silva e a participação do coral Coro Em Canto.

 

A apresentação foi histórica. Ao final, os músicos foram aplaudidos de pé por vários minutos, tendo que retornar ao palco várias vezes para agradecer à manifestação calorosa do público. “Mesmo na Europa e nos Estados Unidos, é difícil ver uma expressão tão efusiva da platéia”, declarou o violonista israelense Netanel Draiblate, um dos 23 músicos que integraram o corpo docente do festival.

 

A programação musical terminou em grande estilo, com a apresentação da Campina Jazz Band, composta por alunos da UFCG, que animou a platéia com um repertório variado, que ia dos norte-americanos Joe Garland, Andy Razaf e Glenn Miller, aos brasileiros Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Hermeto Pascoal e Jackson do Pandeiro.

 

Confira aqui a galeria de fotos do evento.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG)


Data: 11/07/2011