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Aberta a temporada de bolsas de estudo no exterior

Oportunidades são para Europa e EUA; fluência em outro idioma ainda é o maior entrave para brasileiros, dizem especialistas

 

Vem aí um mês chave para quem pretende estudar no exterior sem gastar demais. Terminam em setembro as inscrições para vários cursos oferecidos em instituições estrangeiras, entre elas espanholas, portuguesas e italianas. Há bolsas ofertadas por faculdades particulares e pelos governos dos países. O próprio Brasil tem investido pesado neste segmento: na semana passada, o governo liberou as primeiras 2 mil bolsas do programa Ciências sem Fronteiras.

 

Procurar o setor de relações internacionais da instituição em que estuda é o primeiro passo para o aluno buscar informações sobre intercâmbios. Além disso, é preciso garimpar oportunidades na internet, visitando sites dos governos dos países almejados e participando de fóruns em blogs de gente que já passou pela experiência. Até mesmo algumas agências de viagens têm informações sobre bolsas, sobretudo aquelas destinadas para atletas.

 

Gerente educacional de Au Pair e universidades da CI Intercâmbios, Fabiana Fernandes afirma que “o estudante brasileiro não faz ideia de como é fácil preencher a documentação para bolsas no exterior”. Ela garante que existem bolsas mesmo para alunos medianos. Segundo Fabiana, estudantes da graduação costumam encontrar muitas opções.

 

Foi durante a graduação em Relações Internacionais que o estudante André Leal, de 25 anos, conheceu o programa de intercâmbio oferecido pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), na Liberdade, região central da cidade. Junto com mais 21 alunos, foi selecionado para estudar na Polônia por dois meses. “Quando a faculdade tem programas assim, faz toda a diferença, pois agrega muito valor à carreira.”

 

Além dos programas encampados pelas faculdades, há também bolsas oferecidas pelos próprio governos dos países, caso de Estados Unidos, Canadá, Espanha, Itália e França - local que recebeu o maior número de bolsistas brasileiros em 2010: 1.502, segundo dados do Ministério da Ciência & Tecnologia.

 

Entidades como a Fundação Estudar, instituições financeiras e organizações não governamentais têm incentivos para estudantes viajarem o mundo e se aprimorarem profissionalmente. Mas vale um alerta: geralmente, essas bolsas não cobrem as passagens aéreas.

 

Planejamento

 

Para quem ainda está começando a conhecer o universo das bolsas de estudo o ideal é começar a planejar a viagem com um ano de antecedência, dizem os especialistas. “É um bom período para aperfeiçoar o inglês, se for o caso”, recomenda Bruno Seixas, gerente de Higher Education do Student Travel Bureau (STB).

 

A fluência em um segundo idioma, aliás, continua a ser uma barreira para o preenchimento de vagas em cursos estrangeiros. “Há muita gente qualificada, mas não tem o idioma ”, afirma Renata Moraes, porta-voz da Fundação Estudar. Lá, o estudante ou recém-formado se torna membro da instituição, escolhe o curso que quer fazer no exterior e oferece um plano de pagamento depois que se colocar no mercado de trabalho.

 

Outra opção é acompanhar os editais que são abertos regularmente para bolsas de estudo nos programas das agências de fomento à pesquisa do País - como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


Data: 22/08/2011