Iniciativa foi anunciada em reunião na manhã desta quinta, na Reitoria

A integração da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) ao programa estadual de ressocialização de preso Cidadania e Liberdade foi confirmada pelo reitor Thompson Mariz, em reunião com o secretário de Administração Penitenciária, Harrison Targino, na manhã desta quinta-feira, 1º, em reunião na reitoria da UFCG, que também contou com a participação do juiz da Vara de Execuções Penais de Campina Grande, Fernando Brasilino Leite e da reitora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves.

O secretário estadual disse reconhecer a determinação e sensibilidade do reitor nas ações de cidadania e que acredita numa contribuição maior da universidade, indo além das já desenvolvidas pelo Programa de Direitos Humanos da instituição, com professores e alunos do curso de Direito do campus de Sousa, em unidades prisionais do estado. Targino apresentou dados do sistema carcerário estadual e comentou políticas públicas, problemáticas e preconceitos na reintegração dos apenados.

O juiz Fernando Brasilino falou da importância do projeto e da provocação necessária para o comprometimento das organizações sociais na geração de novas oportunidades para os detentos ou egressos. E, ao comentar sobre o atraso em dez anos das ações agora iniciadas, definiu a realidade prisional “como um depósito de humanos reduzidos ao mais baixo nível”. Pensamento corroborado pela reitora Marlene que defendeu ações permanentes, potencializadas na parceria das universidades.

Mariz garantiu o apoio da UFCG nas demandas que envolvam elaboração de projetos de estruturantes nas áreas de informática, engenharia e arquitetura, a exemplo do projeto de construção da unidade de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e de logística virtual da administração da Penitenciária Regional de Campina Grande. Outras maneiras de colaboração serão estudadas com a abertura de um edital oferecendo bolsas de extensão para projetos voltados aos Direitos Humanos e cessão de uso de equipamentos.

“É uma lisonja participar deste momento, de um projeto de vanguarda, que contribui para a transformação humana e social. Acredito nos ganhos imensuráveis na redução da reincidência criminal, na luta contra o preconceito e na inclusão dos detentos ou egressos na sociedade”, comentou.

O reitor apresentou como interlocutora da UFCG no projeto, a coordenadora do Programa de Direitos Humanos da universidade, professora Edjane Dias, também presente à reunião, que contou ainda com a participação de membros da Pastoral Carcerária e da Secretaria de Administração Penitenciária.

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)