Em Dia com a Poesia Uma carta para quem merece Satisfeito...! Arregale o peito. Respire fundo, Pois, a história Vai ter inicio agora, Reprovando o teu ato insano . Teu pódio ruiu...! Foi o peso das tuas atitudes estúpidas. Sem respeito ao próximo, Serás a próxima bola De um jogo que sempre Terá um substituto Para o tirano. O pior pode esperar O mais que quiser, Poderá ter, Dispondo do melhor. A boa vontade de contar Com a boa vontade, Fica ao dispor do mais tranqüilo. Não conte com a pura benevolência: Previna-se contra as belas intenções, Porém, aceite o convite para sonhar a dois. O mais é o que fica para depois; O desenrolar da história Só será vivido intensamente. Não haverá negação E a ponderação é esquecida, O que fica é a imagem comprometida Despida de qualquer frustração. Há algo parecido!? O mais, é um beijo de uma amizade, Saudável, de um contato de milésimo grau. De um aceite sem exigir mais que o natural, Um esfregar-se sadio De uma vadia para um vadio. Depois...! Louca viagem de segundos Onde tudo se resume ao tempo percorrido No auge da escalada ao infinito. O que fica é a lembrança De uma sensação Que pede para não parar De tanto prazer. O mais que quiser, Poderá ter Dispor do melhor, O pior pode esperar. Antes nunca que o desespero Antes nunca que o desespero, A luta é marcada pelo desvelo, A paixão esconde o suicida A beira do auto-suplicio. O vocativo é a sua alternativa, Uma pretensão ao compromisso imposto E o êxtase é próximo passo a dar. A arrogância pede a desmedida, A sombra do mal persegue o bom, O que foi esquecido “aflora “ E o agora é o prelúdio do mau Que ataca a mente E desmente tudo que vem da razão. A compra se reveste de um ritual profano E sempre quem vende sai perdendo O algoz ao adquirir o título da posse Se faz de inquisidor de ocasião E oferece o seu júbilo ao fato De ter assumido o comando do sacrifício. O mundo é quem dita a moda Difere daquele que a acompanha O general ganha, é o vitorioso, O soldado morre em plena campanha, É um anônimo, um animal abatido. As armas são muitas A sorte está lançada pelo mais forte O espelho está a disposição de todos A oferecer um falso reflexo Com muitas distorções. As doenças estão a disposição do mundo cruel O fel é oferecido como um néctar O peito esconde a artimanha dos desejos Só deve ser oferecido a quem dispor dar mais E se subtrai um monstro dos demais. Conclusões Prefiro a alegria... A tristeza não me serve: Breve estarei contente Pela a escolha que fiz. Só falta esperar. Prefiro o dia E não a noite: A noite é pra dormir, ‘Não sou um animal noturno’, Vivo intensamente na claridade do sol: Preciso da sua luz para bem viver. hoje não tenho vício algum, Porém, quase morri de um AVC. Costumo confirmar: Quem de uma escapa... Providencie tudo para escapar de outras. Detesto a morte E não sei explicá-la ou dá uma razão para ela Sabendo que tudo vai acabar E este acabar se chama morte. Caminho sempre em direção a um imaginário norte Conforme eu sei este norte pode ser: Um concerto de flauta, um quarteto de flautas Ou um dueto constituído de: Somente eu e uma amante preferida. Gosto muito de platéia: Mas, só quando toco a flauta. Um pequeno conselho de amigo Não esqueça nunca, isso que vou lhe dizer Providencie uma reserva de tudo para você E guarde este tudo num espaço só seu, inviolável. Se oferecê-lo Ofereça-o um pouco, só um pouco, para alguém, Mantendo sempre uma boa reserva deste tudo. Nunca se esqueça quem dá tudo de si Termina sem nada e tudo termina na solidão do nada. Quem tudo tem, no mínimo, poderá trocar com outro alguém, O bem que ele tem e nesta troca não haverá prejuízo pra ninguém. Louco é: Louco é: Quem acredita Nas suas alucinações; Quem pede perdão ao mundo Por tê-lo condenado Sem muitas explicações. Louco é: Quem se auto-flagela Em respeito as vitimas; Das suas incursões ao infinito Que tem medo do seu próprio grito E pede perdão por ser calado. Louco é: Quem se masturba Pensando ser tarado Assim sendo, é culpado Pelo estrupo mental Que não foi realizado. Louco é:? Mensagens A maré não está a favor, Tudo impedirá De viver bem Determinados a sofrerem. O argumento da indução Não é falho, O malho do discurso determina o crédulo: segue-se adiante Sem temer tempestades. A fé é grande, O sonho Está presente Neste caminhar, O alvo Está presente Neste sonhar. Partirão de um ponto Almejando está noutro lugar. A esperança fica a desejar. Fala-se muito De tudo que Serve para imaginar. De tudo que Complementa um circulo, Que conserva O imaginário doutrinário. O conservador. Duelos Duelos de palavras A palavra como munição A mente arma-se de propostas Que defendem o mundo Em que vive e explora. Duelos de idéias Onde tudo é permitido Explorar Onde tudo é consentido Amargar o desejo De realizar o controle Do imaginário libertário Onde o mandatário Sobrepõe a todos E as palavras Só servem para silenciar. Chicão de Bodocongó Data: 02/09/2011 |