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Programa informatizado ajudará unidades a aperfeiçoar gestão

Um grupo de seis hospitais universitários vinculados a instituições federais de ensino superior do Paraná, Pará, Maranhão e Mato Grosso do Sul começaram implantar o Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU). Desenvolvido pelo Ministério da Educação, com base no modelo do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, o aplicativo é destinado a aperfeiçoar a gestão dos 46 hospitais-escola federais.

De acordo com o diretor de hospitais e residências em saúde da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, José Rubens Rebelatto, a implantação do aplicativo na totalidade da rede será finalizada em quatro anos. O prazo leva em consideração a necessidade de mudanças nas unidades de saúde, treinamento de pessoal e instalação de equipamentos.

Faz parte do novo instrumento de gestão hospitalar um prontuário informatizado de cada paciente, com informações de ingresso, pedidos de exames, receitas de medicamentos e cirurgias. Os dados são usados por médicos, enfermeiros, setor administrativo e tesouraria. O sistema informatizado é alimentado em tempo real. “Com o aplicativo, o diretor do hospital tem todos os dados na ponta dos dedos”, diz Rebelatto.

O sistema foi testado, em 2010, na Maternidade Victor Ferreira do Amaral, unidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Segundo Rebelatto, os testes permitiram ao MEC fazer ajustes e atualizações que agora possibilitam o uso do software na diversificada rede de hospitais nas cinco regiões do país. Ele salienta que o desenvolvimento do sistema ocorre hoje paralelamente à implantação. Trabalha na construção, aperfeiçoamento e avaliações do aplicativo a Diretoria de Tecnologia de Informação do MEC, em parceria com técnicos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre.

Recursos

 

Dados da Diretoria de Hospitais Universitários e Residências em Saúde mostram que os 46 hospitais aderiram ao programa de gestão. Para implantá-lo, o MEC já investiu R$ 140 milhões e ainda receberá repasse de R$ 68 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A implantação do novo modelo de gestão hospitalar integra o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf) do MEC.

Abrangência

 

Os hospitais universitários federais são predominantes nas regiões Sudeste (16 unidades) e Nordeste (15). Os estados da região Norte têm a menor representatividade na rede universitária — três hospitais, distribuídos entre o Pará e o Amazonas. A região Sul tem sete unidades e o Centro-Oeste, cinco.

Dados da Sesu indicam 10,3 mil leitos ativos na rede — 90,2% da capacidade instalada. Informações referentes a 2008 mostram, como principais atividades assistenciais desenvolvidas, um milhão de atendimentos de emergência; 402,8 mil internações; 6,3 milhões de consultas e 20,8 milhões de procedimentos (cirurgias e exames). Com relação a transplantes, a rede respondeu, em 2008, por 10,7% (2.295 procedimentos) do total realizado no país (19.128).

Ainda em 2008, nas atividades de ensino, os
hospitais universitários envolveram 5,7 mil professores; 71,8 mil estudantes; 874 programas de residência médica e 4,6 mil médicos residentes. Em pesquisa, a rede somou 1,2 mil dissertações; 535 teses; 1,9 mil publicações nacionais; 4,4 mil publicações internacionais e 5,7 mil projetos desenvolvidos.

 

(MEC)


Data: 05/10/2011