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Pesquisa da UFCG realiza mapeamento da violência urbana em Campina Grande

Trabalho da estudante do curso de Geografia, Sâmara Íris de Lima Santos, ficou em 3º lugar no Prêmio Jovem Cientista

 

Mapear os casos de violência urbana no ano de 2010 em Campina Grande e identificar os espaços de maior risco à violência foram alguns dos objetivos da pesquisa Mapeamento da violência urbana em Campina Grande: tendências e desafios em busca da cidade sustentável, realizada pela estudante do curso de Geografia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Sâmara Íris de Lima Santos.

 

A pesquisa, orientada pelo professor Xisto Souza Junior, ficou em 3º lugar no Prêmio Jovem Cientista deste ano, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

Através da análise das notícias policiais veiculadas em dois jornais impressos local, de dados oficiais obtidos juntos à Delegacia da Polícia Civil da cidade e de questionários aplicados à população, a pesquisa conseguiu mapear as zonas com maiores ocorrências de violência.

 

De acordo com as matérias veiculadas nos jornais é possível perceber que a presença mais efetiva de crimes na cidade de Campina Grande estão relacionadas a assaltos, furtos, assassinatos e ao tráfico de drogas.

 

O Centro da cidade ocupou, em 2010, a primeira posição em relação aos assaltos e homicídios, seguido pelos bairros de Bodocongó e do Catolé, e o bairro do Alto Branco, ocupando a quarta posição em número de assaltos. Os bairros de Santa Rosa, Glória, Liberdade e Pedregal vieram na sequência dos bairros mais citados nos jornais por crimes relacionados ao tráfico de drogas.

 

Com os dados obtidos junto aos órgãos oficiais, mais uma vez o Centro da cidade ocupou a primeira posição em relação aos homicídios. Na sequência veio os bairros de Bodocongó, Catolé, José Pinheiro, Pedregal e Catingueira. Ainda segundo dados da polícia, em relação ao tráfico de drogas, o bairro com o maior índice de pessoas atuadas em flagrante foi o de José Pinheiro, seguidos por Centro, Serrotão, Santa Rosa, Estação Velha, Liberdade e Bodocongó.

 

Um dado curioso é que apesar das notícias dos jornais e dos dados oficiais apontarem os bairros Centro, Bodocongó e Catolé como as zonas com maiores ocorrências de violência, o questionário aplicado junto á população evidenciou que para eles o bairro mais violento é o de José Pinheiro, seguido pelo Pedregal, Jeremias, Ramadinha, Glória e Araxá.

 

“Com a pesquisa junto à população, nota-se que existe uma difusão de sensações de medo e insegurança para com os bairros periféricos da cidade, no entanto, a maior relevância de crimes foi cometida nas áreas centrais da cidade. Mas é preciso ressaltar que não existe um efetivo de prisões e Boletins de Ocorrências nesses bairros, por causa do medo que determinados indivíduos impõem, sonegando o exercício do direito dos cidadãos quanto ao policiamento”, explica a pesquisadora.

 

Com o zoneamento das áreas com maiores ocorrências de violência, a pesquisa aponta para a importância de se efetivar uma política específica de policiamento nessas áreas, que resultem em medidas punitivas e preventivas. “A implicação da violência em setores estratégicos do município cria uma sensação de insegurança, acarretando na redução no uso dos espaços e comprometendo a inclusão de Campina Grande na rede de cidades sustentáveis”, ressalta.

 

(Gloriquele Mendes - Ascom/UFCG)


Data: 23/11/2011