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PF quer mais 30 dias para apurar Enem

 

A Polícia Federal quer mais 30 dias para investigar os problemas com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano em Fortaleza, no Ceará. O delegado Nelson Teles Junior quer mais tempo para ouvir os envolvidos. A notícia da prorrogação do inquérito contraria declaração feita nesta semana pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, para quem os responsáveis seriam indiciados "nos próximos dias".

 

A PF investiga a distribuição a alunos do Colégio Christus, da capital cearense, de caderno de exercícios com questões idênticas às que caíram no Enem. Os estudantes tiveram acesso aos itens dez dias antes das provas, realizadas nos dias 22 e 23 de outubro. O conjunto de questões teriam saído de exame de pré-teste realizado no Christus em 2010 - por causa do modelo de correção do Enem, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), as questões precisam ser pré-testadas.

 

Até agora, a informação é de que um professor e seis fiscais que trabalharam no pré-teste serão responsabilizados. Os fiscais, contratados pela Cesgranrio - responsável pelo pré-teste e também pelo Enem -, teriam sido subornados para que a escola tivesse acesso às questões. Já o professor do Christus, identificado como Jahilton Motta, que leciona física e é um dos coordenadores da escola, foi quem distribuiu as questões nas salas de aula, conforme relato dos alunos.

 

Decisão judicial mais recente prevê anulação de 14 questões - idênticas ou parecidas - somente para os 639 alunos do colégio concluintes do 3.º ano do ensino médio. À PF, ainda cabe apurar se os alunos do cursinho do Christus - que também afirmam ter recebido o mesmo caderno - terão as questões anuladas.

 

(Estadão)


Data: 25/11/2011