Encontro discute avaliação, assimetrias e internacionalização da pós-graduação brasileira As conferências e mesas de discussão do 27° Encontro Nacional dos Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Enprop) colocaram em pauta, nos dias 1° e 2 de dezembro, assuntos como avaliação, assimetrias e desafios da pós-graduação brasileira. Os debates contaram com a participação de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior da (Capes). O evento foi realizado em Belém (PA) no período de 30 de novembro a 2 de dezembro. PPG em associação e em rede Assimetrias regionais O estabelecimento de programas de pós-graduação em redes de pesquisa alinhadas à vocação regional, reversão de indicadores socioeconômicos favoráveis e aproximação da pós-graduação à educação básica, foram apontados pelo representante do Diretório Nacional do Fórum de Pró-Reitores de Pós-graduação e Pesquisa (Foprop), Hélio Hey, como opções ao encurtamento das assimetrias. “Onde existe Ideb baixo e pós-graduação forte, é necessário aproximar essas duas áreas para que uma ajude a outra”, disse Hey. Segundo o diretor de Programas e Bolsas no Brasil, Emídio Cantídio, a Capes já faz um trabalho de indução com vistas à redução da assimetria em áreas, por meio de programas como Ciências do Mar e Pró-Engenharias. No entanto, o diretor ressalta que esta ação deve ser um trabalho conjunto. “No tocante à assimetria regional, em especial da região Norte, o Brasil todo deve fazer um trabalho conjunto em prol da região”. Avaliação Como possíveis avanços à avaliação, foram citadas a inclusão de uma variável contexto regional e institucional no exame das propostas de regiões com recursos humanos mais escassos; a valorização da autoavaliação e a integração da avaliação de cursos acadêmicos e profissionais, entre outros. Ciência sem Fronteiras Battaglin ressaltou a expressiva adesão de estudantes de todo o país à primeira chamada pública realizada pela Capes, que contabilizou cerca de 7.000 inscrições para a modalidade graduação sanduíche nos Estados Unidos da América. A coordenadora esclareceu ainda que apesar dos esforços no Ciência sem Fronteiras, a Capes continua atuando normalmente em suas outras frentes. “É importante lembrar que as áreas não contempladas pelo Ciência sem Fronteiras continuam sendo fomentadas por meio dos outros programas da Capes”, explicou Battaglin. Para o representante da Associação de Assessorias de Instituições de Ensino Superior Brasileiras para Assuntos Internacionais e também componente da mesa, José Celso Freire Junior, a internacionalização da pós-graduação deve ser uma prioridade, alcançada por meio de objetivos claros e mensuráveis, persistência, adaptabilidade e engajamento de professores e unidades acadêmicas. “A internacionalização deve ser tornar um imperativo institucional e não uma possibilidade desejada’’, afirmou Freire. (Capes) Data: 06/12/2011 |