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CNPq e Vale firmam convênio para estimular a formação de engenheiros

Parceria busca ajudar o país a evitar a falta desses profissionais em 2020, caso crescimento médio da economia mantenha-se em torno de 4,5%.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Brasil pode sofrer um “apagão de engenheiros” em 2020, caso a previsão de crescimento médio da economia permaneça em torno de 4,5%. Com o objetivo de estimular a formação de mais profissionais, e ajudar o país a evitar que esta previsão ocorra, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPqMCTI) e a Vale investirão R$ 24 milhões para duplicar o número atual de bolsas de iniciação científica e tecnológica em engenharia no país, que hoje é de seis mil por ano.

O programa Forma-Engenharia vai oferecer, em 2012, quatro mil bolsas para estudantes do ensino médio e técnico, graduação e professores universitários. Serão focadas diversas áreas de engenharias, entre as quais, a de Minas, Elétrica, Metalúrgica e Mecânica, preferencialmente em instituições das regiões Norte e Nordeste.

Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, "a parceria, além do estímulo à formação de pessoas nas áreas de fronteira para o desenvolvimento do país, é um exemplo emblemático para outras empresas de que a inovação é a principal estratégia de competitividade no mundo moderno".

"Essa iniciativa, pioneira, visa a garantir a nossa atuação no longo prazo. É também uma ação conjunta com nosso departamento de Recursos Humanos e que de forma mais ampla contribui também para o Brasil. Parafraseando um nosso slogan recente, não há futuro sem mineração, e não há mineração sem planejarmos os engenheiros para o nosso futuro", afirma Luiz Mello, diretor-presidente do Instituto Tecnológico Vale (ITV), que representa a Vale no convênio .

Indicadores - Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) mostram que, entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que menos forma engenheiros por ano. São cerca de 30 mil – em torno de 40 mil, se incluídos tecnólogos e habilitações em Construção Civil, Produção e Meio Ambiente. Na Índia, são pelo menos 220 mil; na Rússia, 190 mil, e na China, 650 mil.
Outro importante indicador é a porcentagem de engenheiros graduados em relação ao total de concluintes na educação superior. Este indicador reflete a vocação, atratividade da carreira e o incentivo que os países dão para a inovação tecnológica. Segundo a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2007, a média dos países do grupo era de 14%, sendo de 19%, no Japão; 25%, na Coréia, e 18%, na Rússia. No Brasil, apenas cerca de 4% dos concluintes estão nas áreas de Engenharia.

O Programa Forma-Engenharia fomentará mil bolsas de graduação; duas mil para estudantes de nível médio e técnico, e outras mil para professores vinculados a departamentos de engenharia. A intenção do programa é promover a cultura da inovação no ensino médio, despertando o interesse vocacional pela profissão e pela pesquisa tecnológica e, ao mesmo tempo, ajudar a reduzir a evasão de alunos nos cursos de engenharia do país. Segundo pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), hoje mais de 50% dos estudantes deixam a faculdade, sendo a maioria nos dois primeiros anos do curso. (Com informações da Ascom da Vale)

(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 07/12/2011