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Falta de doutores é causa de concursos sem aprovados, diz MEC

O Ministério da Educação e as reitorias da UFABC e da Unifesp afirmam que a principal explicação para os concursos sem candidatos aprovados é a falta de doutores.

 

As universidades reconhecem, porém, que salário e carreira dos seus professores prejudicam a contratação.

 

Secretário do Ensino Superior do governo Dilma, Amaro Lins afirma que a demanda de professores por conta da expansão da rede federal está superior à capacidade de formação de doutores.

 

Em geral, as escolas buscam profissionais com esse título porque eles estão prontos para fazer pesquisa, além de lecionar na graduação.

 

"Teremos uma grande mudança nos próximos cinco anos", afirma Lins, sobre a dificuldade de contratação. Ele diz que a situação melhorará assim que os novos campi começarem a formar doutores.

 

Sobre a situação mais favorável dos concursos na Unicamp, Lins diz que, como "UFABC e Unifesp estão sendo formadas agora, o doutor vai ter de por a mão na massa", o que pode afastar interessados. Ele não quis comentar a situação salarial e de carreira dos professores federais.

 

SELEÇÃO RÍGIDA

 

Reitor da UFABC, Helio Waldman diz que há concursos vazios na escola porque a seleção é muito rígida e ela tem contratado muitos professores (cerca de 500 desde 2006, quando a universidade começou).

 

"Mas também influencia o mercado aquecido, principalmente na engenharia, onde os salários acadêmicos não são atrativos", afirma.

 

"Considero a Unifesp atrativa, pois é um centro de excelência", diz o pró-reitor de graduação da Federal de São Paulo, Miguel Jorge.

 

"Mas, em algumas áreas, o salário e a carreira podem ser impeditivos. Em outras, não há doutores disponíveis."

 

A UFSCar (Federal de São Carlos) disse que não conseguiria analisar os dados até a conclusão da edição.

 

(Folha de SP)


Data: 02/07/2012