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Ex-alunos da UFCG desenvolvem games abordando os estados nordestinos

Jogos focam características culturais e geográficas, como folclore, música e pontos turísticos

 

A crise que assola a economia mundial passa longe do mercado de games. Só no ano passado, o setor - que inclui desde jogos para consoles até aplicativos para dispositivos móveis, como Ipad e smartphones - movimentou R$ 125 bilhões, 7% a mais que 2010.

 

Uma das categorias que mais crescem são os chamados games “freemium” (free+premium), jogos gratuitos que vendem itens para melhorar a experiência do jogador ou que são utilizados como peças publicitárias.

 

Para se ter uma ideia, entre os 250 aplicativos mais baixados da App Store, da Apple, 88% já são gratuitos e, segundo a DFC Intelligence, empresa de pesquisa do ramo do entretenimento, a publicidade em games vai passar de R$ 5,7 bilhões para R$ 13 bilhões até 2016.

 

É nessa categoria que o mercado nacional de criação de jogos vem encontrando seu espaço, com criatividade e talento. “Trata-se de uma poderosa ferramenta de marketing, ainda pouco explorada em âmbito nacional”, afirma o advogado Kleyner Arley Nogueira, que juntamente com o designer Rodrigo Motta está desenvolvendo o PlayNordeste, pacote de nove minigames que abordam a cultura nordestina.

 

Formados pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), os desenvolvedores afirmam que o objetivo do projeto é divulgar características e peculiaridades dos estados do Nordeste através de uma nova modalidade de mídia, que são os jogos digitais.

 

“Cada game tem um tema dedicado a um estado nordestino, focando suas características culturais ou geográficas. Costumes, personagens, música, pontos turísticos e muito mais”, explica Rodrigo.

 

Na Paraíba, por exemplo, o jogador deverá ajudar seus amigos "sem sorte" a conseguir pares para dançar forró. Para isso, deve encontrar meninas solteiras no labirinto do Parque do Povo, em Campina Grande. Já em Pernambuco, o desafio é enfrentar uma corrida de bonecos de Olinda, onde o jogador deve combinar velocidade e equilíbrio, além de se livrar de obstáculos.

 

“Para o Rio Grande do Norte, escolhemos a emoção das dunas da praia de Genipabu. O jogador deve fazer acrobacias com seu buggy, enquanto busca energizadores e gasolina”, esclarece Kleyner Arley, destacando que o projeto conta ainda com a participação de dois designers, dois programadores e um músico.

 

Os games são financiados pelo Banco do Nordeste e poderão ser jogados online ou baixados gratuitamente para plataformas móveis, como Android, iPhone e iPad. Devem ser lançados até o final do ano.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG - 10.08.12)


Data: 10/08/2012