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Flores começam a enfeitar o campus de Sumé

A Primavera se aproxima e traz para o Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA) da UFCG, campus de Sumé, uma mudança na paisagem natural, com o surgimento de flores das espécies existentes no local. O Ipê-Roxo, o Ipezinho e o Mororó são algumas das plantas que já começam a florescer.

 

No campus também há aroeiras, juazeiros, craibeiras, jucás, angicos e baraúnas, dentre outras espécies nativas. Também existem plantas exóticas, cujas flores alegram os frequentadores do Centro. "São filhos e filhas da Natureza, muitas delas ameaçadas de extinção, que renovam o ar, quebram a dureza do concreto e convidam à reflexão, agradecendo o carinho e o cuidado que lhes dedicamos", destaca a professora Adriana Vital, responsável pelo paisagismo no campus.

 

A convivência com as árvores tem por objetivo aprimorar a qualidade de vida dos cidadãos, seja no espaço urbano ou rural. Num campus universitário o caráter educacional e conservacionista deve ser considerado nos projetos de arborização. Nas condições de semiaridez, o paisagismo deve ser orientado pretendendo o resgate, a valorização e a utilização ecologicamente correta das espécies nativas.

 

Vejam algumas espécies que estão florescendo no CDSA.

 

Ipê-roxo (nome científico: Tabebuia avellanedae, família: Bignoniaceae)

 

Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda. O ipê-roxo é uma árvore de porte avantajado, com alto valor terapêutico, o que a torna uma espécie ameaçada de extinção devido à intensa procura por sua casca, que contém mais de 20 compostos ativos. Essa espécie possui uma das madeiras mais pesadas, resistentes e duráveis entre as espécies nativas, além de ser uma belíssima ornamental, largamente empregada no paisagismo em geral, pela beleza de suas inflorescências arroxeadas que surgem nos meses de abril a setembro.

 

Ipezinho (nome científico: Tabebuia chrysotricha, família: Bignoniaceae)

 

O Ipezinho é um arvoreta exótica originário das Américas e Antilhas muito ramificada, usada em arborização urbana. Suas flores são amarelas muito parecidas com as do Ipê-amarelo (Tabebuia spp), cuja floração é maior nos meses mais quentes, podendo perdurar durante o outono. Os frutos são vagens compridas e contém muitas sementes aladas. No paisagismo é usada isolada, ficando muito elegante em grupos. Quando bem conduzido forma uma árvore muito ornamental e ótima para arborização de praças, jardins e locais com fiação elétrica.

 

Mororó (nome científico: Bauhinia forficata; família: Caesalpinaceae)

 

Popularmente conhecida como pata-de-vaca, é uma planta nativa do Brasil e endêmica da região do Nordeste. De habito arbustiva é largamente encontrada no Bioma Caatinga. A floração ocorre no mês de julho e a frutificação em setembro. As folhas, ramas, frutos e infrutescência são usadas na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos e são fornecidos aos animais in natura. A casca e as folhas são usadas na medicina natural. A polinização é feita por morcegos.

 

Chapéu-de-napoleão (nome científico: Thevetia peruviana, família: Apocynacea)

 

Espécie arbustiva originária da América tropical, no Brasil é cultivada como planta ornamental, florescendo de janeiro a maio. As flores são muito bonitas, tubulares, perfumadas, de coloração laranja ou amarela. Com podas de formação, o chapéu-de-napoleão adquire forma compacta, e presta-se como arbusto isolado, em pequenos grupos ou como cerca-viva. Também pode ser plantado em vasos. Devido a grande toxicidade, a planta deve ser cuidadosamente cultivada.

 

(Rosenato Barreto - CDSA/UFCG)


Data: 16/08/2012