topo_cabecalho
Em Dia com a Poesia

Meu Pequeno Pedaço de Rua...

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

Guardas minhas,

 

Lembranças,

Dos natais do meu

 

Passado...

 

 

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu  mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

Da Matriz à Maciel Pinheiro,

 

Meu pedaço de passado...

 

 

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

No pátio da velha Igreja,

 

Pavilhões, carrosséis "enfeitados".

 

 

 

Meu  pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

Na rua da velha Matriz,

 

Beijos, e, abraços,apertados...

 

 

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

Na rua da velha Igreja,

 

Jovens casais namoravam...

 

 

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado....

 

 

 

No  passeio da Maciel Pinheiro,

 

O canto das pastorinhas,

 

Ecoava...

 

 

 

Meu pequeno  pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

Ès azul ou "encarnado"?

 

 

 

Meu pequeno pedaço,

 

De rua...

 

Meu mágico mundo,

 

Encantado...

 

 

 

Vais à missa do galo?

 

 

 

Hoje,tudo está mudado,

 

Na esquina do passado...

 

 

 

Não mais sorrisos,

 

Não mais abraços...

 

 

 

Apenas,

 

 

 

Semáfaros...

 

 

 

Transeuntes apressados...

 

 

 

Mil carros disparados...

 

 

 

Cadê meu mundo,mágico,

 

Encantado???

 

 

 

Alguém viu, alguém sabe???

 

 

 

De repente, peço à Deus,

 

um milagre: traga, meu

 

pedaço de passado,

 

De volta!!!

 

 

 

Nem que seja,

 

Só,naquela hora...

 

 

 

Em que, as luzes,

 

Da cidade, se acendem...

 

 

 

E, eu...  lentamente...

 

 

 

Volto!!!

 

 

 

 

 

Campina Grande, 20 de Agosto de 2011.

 

 

 

Maria das Graças de Lucena Barbosa.

 

 

 

É  Natal!!

 

É  Natal, luzes e cores,

Festas e sinos..

 

Volto ao passado,

Brincadeiras de menino...

 

É Natal, luzes e cores,

Festas e sinos...

 

Volto ao passado...

Carrosséis dourados,

Coráis natalinos...

 

É Natal,luzes e cores,

Festas e sinos...

 

Volto ao passado...

Papai Noel,

Vem vindo... vem vindo...

 

Todo vermelho...

Sorrindo...sorrindo...

 

É Natal, luzes e cores,

Festas e sinos...

 

Volto ao passado...

Vejo meu pai...

 

Pedindo...pedindo...

Não esqueças, jamais,

 

De seres sempre,

Uma boa, menina.

 

 

Maria das Graças de lucena Barbosa.

 

 

 

 

Ao Meu Coveiro com carinho

 

No espaço curto de um nictêmero

pessoas de palavras e olhares nitentes

fazem necrolatria que antes

apenas os necrofagos

não nefastos ousarião

tal homenagem aos mortos.

 

O coveiro pálido insólito

manápulas firmes e calejadas

cobre com mantos largos

os corpos dos que caminham

no vazio escuro

rumo ao impregnado canal de sangue

e de vida vindita.

 

Nos dias que se somem

o coveiro de coração indolor

pisando a terra que em breve

cobrirar meu corpo

sem um convite prévio.

 

Fatigado

de observar corpos

silenciados pela morte,

o coveiro de corpo franzino

no espaço curto da lunação

cumpre sua tarefa

enquanto pensa no dia da

sua silenciosa separação.

 

 

Janice Adja

 

 

 

O Chamado

 

Você chamou e aqui estou.

Você me chamou na lamuria

desta noite escura e chuvosa.

 

Entregue sua alma imunda.

Você usou meus olhos

para observar o mundo.

 

Viu.

Viu tudo.

A verdade dos olhos,

não foi a mentira dos teus lábios.

Tua face,

é a mascara do medo com medo.

Um acuado covarde!Você viu minha esfera

coberta com negras nuvens.

Mais quando veio o seu sorriso,

o seu coração caiu em pranto

sem um ombro amigo.

 

Aqui estou

para atender o seu chamado.

Agora você pode cair e chorar.

Vamos. Sorria! Bingo para você.

 

 

Janice Adja

 

 

 

Estação Outono

 

Estação escura da treva,

árvores sem folhas vivas.

flores caídas pelo chão cruento.

 

Encanta as dores e os gemidos sem alegria.

Não se deve ir além das árvores vivas

ou mortas.

 

O caminho silencioso

é profundamente frio.

Filhos pálidos evoluindo para tenebrosa

escuridão não frágil.

 

No outono,

as cores sombrias dos capotes

cobrirão os rostos sem olhos.

 

A luz roubada pela força

dos Deuses cruentos,

permitirão seu leito quente

no final da estação Outono.

 

 

Janice Adja

 

 

 

Partilha

 

Reparte a tua solidão com a minha

E seremos sol

Água que carrega pedras

Vento matinal.

 

Reparte o teu coração comigo

E terás o abrigo

Da carne

Do calor

E do amigo.

 

 

Carlos Gildemar Pontes

 

 

 

Passageiro da solidão

 

Amanhece o dia nos meus olhos

Estrelas custam a apagar

Trouxeste-me a esperança do arco-iris

Que a tempos me abandonou

 

Por ter o olhar aceso

Até perdôo a solidão.

 

 

Carlos Gildemar Pontes


Data: 28/09/2012