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Educação no Brasil precisa de eficiência e equidade, diz especialista

Especialistas em educação da Universidade de Columbia (EUA) defenderam mais eficiência e equidade para uma educação de qualidade no Brasil. Reunidos nesta terça-feira (19) no Rio, eles debateram medidas e exemplos de como a educação pode transformar as diferentes realidades globais.

 

Vishakha Desai, conselheira especial para assuntos globais da Universidade de Columbia, visitou favelas na cidade e afirmou que a educação nesses locais precisa ter a mesma qualidade que a oferecida em centros de excelência. "Precisamos de igualdade na educação. O recurso precisa ser gasto de forma eficiente", disse.

 

Ela contou que em Xangai, na China, as escolas de excelência auxiliam os centros que têm baixa qualidade. "Eles têm um foco na educação que é o ensino de excelência e isso requer equidade entre o que é oferecido numa escola de gente rica e em outra cujos alunos são pobres ou de classe mais baixa", disse.

 

O diretor do programa "Líderes em Educação Urbana" da Universidade de Columbia, Brian Perkins, afirmou que a qualidade da educação também passa pelo treinamento do professor. "Professores e diretores das escolas brasileiras precisam ser verdadeiros líderes para promover as transformações necessárias", disse.

 

Para o debate, que marca o lançamento do primeiro centro de pesquisas da universidade no país, o Columbia Global Centers, no Rio, também foram convidadas a chefe do departamento de educação da PUC-Rio, Sonia Kramer, e a diretora da Acerta (Assessoria Cultural e Educacional no Resgate a Talentos Acadêmicos), Maria Clara Sodrè.

 

Sonia afirmou que o sistema educacional brasileiro melhorou ao longo das últimas décadas, mas que a interferência política na educação infantil, de responsabilidade das prefeituras, é um desafio para a qualidade do ensino. "A gente precisa superar esse desafio para conseguir montar um sistema eficiente e igual para todos", disse.

 

Maria Clara, que integra uma ONG educacional, mostrou o programa de seleção de crianças superdotadas em favelas do Rio. Por ano, as 24 crianças escolhidas são treinadas por dois anos para conseguir entrar em colégios de excelência. "Neste ano, nosso índice de aprovação foi de 96%", disse. Os eventos seguem até esta quarta-feira (20).

 

(Folha.com)


Data: 20/03/2013