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Artigo - Secretários de cursos do REUNI: a proposta diz uma coisa, a realidade é outra

Franz Mikhailovitch Barbosa Cavalcanti

 

Quando a Universidade Federal de Campina Grande elaborou a sua proposta de adesão ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades, mais conhecido por REUNI, do Governo Federal, proposta esta aprovada em outubro de 2007 pelo Colegiado Pleno da instituição, parecia que temáticas como a dificuldade de acesso ao ensino superior na região e, principalmente, a infraestrutura da academia seriam em boa parte solucionadas. Eu disse parecia.

 

Foram criados novos cursos e chegaram novos discentes, mas as obras de ampliação dos espaços físicos e também a contratação de mais professores e funcionários, necessários para atender tal demanda, não acompanharam esta dinâmica.

 

Mas, neste artigo, irei me ater apenas a uma das questões que ainda não foram resolvidas pela administração da UFCG e que interessa a dezenas de servidores: a gratificação dos Secretários de cursos do REUNI.

 

De acordo com a mencionada proposta, em sua página 44, diz o seguinte: “Haverá a necessidade, em 2009, de 30 FGs1 e de 30 FGs5 para suprir a criação de novas coordenações de curso e novos departamentos com seus respectivos secretários...”.

 

O fato é que o professor coordenador de curso já recebe a sua respectiva gratificação (FG1) há um bom tempo. Por outro lado, o funcionário secretário de cursos até o momento ainda espera pela sua merecida FG5, constante da referida proposta.

 

E, propositadamente, ao citar “secretário de cursos” faço questão de mencionar outro problema que também não foi solucionado pela administração, ou seja, a falta de secretários para atender a demanda dos cursos noturnos.

 

No caso do Curso de Bacharelado em Comunicação Social (com ênfase em Educomunicação) da UFCG, curso do REUNI que teve início no período letivo 2010.2, e que funciona nos três períodos (manhã, tarde e noite), a situação é bem interessante, pra não dizer contraditória.

 

Desde o ano passado o curso noturno foi contemplado com um coordenador específico e, pasmem, a implantação da gratificação do professor coordenador noturno foi efetivada.

 

A pergunta não pode deixar de ser feita: Implantar a devida gratificação apenas para professores é corporativismo ou apenas uma lapso da administração desta universidade ?

 

Prefiro acreditar na segunda opção (sem descartar a primeira) e esperar que, através desta crítica, o Magnífico Reitor da UFCG adote as providências necessárias para que seja implantada a gratificação (FG5) no contracheque de cada funcionário que atualmente exerce a função de secretário de curso (ou de cursos), nesta instituição.

 

Afinal, como já dizia Abraham Lincoln: “Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar”.

 

 

Franz Mikhailovitch Barbosa Cavalcanti é servidor da UFCG


Data: 03/07/2013