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Artigo - Livro narra desventuras de Hitler na Paraíba

Wagner Braga Batista

 

Incontrolável dor de dentes, mudou o destino da humanidade. Um segredo guardado a sete chaves, no Palácio de Klessheim, na cidade de Salburgo, na Baviera, somente agora foi revelado.

 

Dentistas provenientes de todas as partes da Alemanha não conseguiam conter os gritos do Fuherer e a fúria fascista. Registros íntimos, transferidos do Palácio de Klessheim para a faustosa fortaleza de Kehlsteinhaus, conhecida vulgarmente como Ninho dos Urubus,   revelam que Hitler padecia de crônica dor de dentes.

 

Após a derrocada do nazismo as anotações pessoais de “Hitler se exilou em Cacimba de dentro” foram levadas para os Estados Unidos e  recentemente o estoriador Horácio de Almeida Lima teve acesso a inusitadas passagens da vida.

 

Seus estudos foram complementados por exaustivo périplo por dezenas de cidades do agreste, do sertão e de litoral paraibano. Constam de livro, intitulado “Hitler se exilou em Cacimba de dentro”,  que será lançado dia  8 de novembro de 2013,  as 20 h, no Teatro Municipal Severino.

 

Os fatos narrados no livro exigiriam laboriosa  pesquisa exploratória, minucioso trabalho de  campo e percuciente investigação do imaginário de poetas e contadores de estória.

 

Pela primeira vez, o mundo globalizado conhecerá as verdadeiras desventuras de Hitler em glebas paraibanas.

 

Saberá, também, que insuportável dor de dentes mudou os rumos da humanidade. 

 

Após os estudos de Horácio de Almeida, eminentes historiadores identificaram a causa do furor nazista. Concluiram que seu ódio pela humanidade devia-se à crônica dor de dentes.

 

A partir desta constatação, o genocidio e ações devastadoras foram destituidas de fundamentos socioeconomicos, ideológicos e filosóficos.  A Operação Barbarosa, que resultou na invasão do leste europeu,  que provocou a morte de 22 milhões de homens, mulheres e crianças, bem como a destruição de mais 600 vilarejos na antiga União Soviética, bem como a Solução Final, responsável pelo assassinato de mais de 6 milhões de judeus em campos de exterminio, teriam sido evitadas pela intervenção de dr Epaminondas, do Piancó.

 

Quando os mil anos do Terceiro Reich desciam pelo ralo da assepcia ideológica, da segregação social e da limpeza étnica, em pânico, a SS tomou conhecimento da existência de Dr Epaminondas, do Piancó.

 

Acionado por secretíssimos agentes germânicos no nordeste do Brasil, o mirabolante Dr Epaminondas, procer nazista,  apresentou-se prontamente. Atendeu ao chamado. Seu diário de viagens, igualmente recuperado por Horário Almeida, relata sua convocação para mitigar o que supunha ser “coceiras, lumbrigas e hemorroidas do Furher”.

 

Este deslize histórico, mudou os rumos da humanidade.

 

Na mensagem codificada, a sigilosa missão de Dr Epaminondas, de Piancó, por grosseiro erro de tradução, figurava como furor anal do Fuhrer ao invés de mencionar seu doloroso abscesso dental.

 

 

Munido de sua arte e sabedoria, Dr Epaminondas, diligente odontólogo nativo, partiu desavisado. Embarcou clandestinamente num submarino em direção às águas gélidas do Mar Báltico,  quando ruiam os últimos alicerces do Terceiro Reich.

 

O submarino que o conduziu à Europa desvastada trouxe de volta na bagagem as ruinas do Terceiro Reich.

 

Nestas condições deploráveis, Dr Epaminondas, no meio do Oceano Atlantico, utilizou de inédita tecnologia. Graças ao implante de osso de fêmur de mocó do curimatau, com extraordinários efeitos terapeuticos,  sanou a dor de dentes do Furher defenestrado.

Ruira o Terceiro Reich, porém Hitler está liberto de dores crônicas.

 

No cusrso da viagem, consolidou-se a gratidão de Hitler e também seu destino histórico.

 

Graças a Dr Epaminondas, de Piancó, Hitler aportou na Paraíba.

 

Fragmentos de ossos de mocó, encontrados em arcada dental no litoral, são prova de que Hitler exilou-se, transitou e foi sepultado na Paraiba. Os ossos de mocó tornaram-se o inconteste DNA de Hitler.

 

Desde esta descoberta, acirradas discussões acadêmicas incidem sobre a trajetória política, ideológica e socio-cultural de Hitler, na Paraiba. As luzes lançadas pelas pesquisas de Horácio de Almeida provocaram a acadêmia para que também lançasse no ar seus incensos.  

 

Preclaros historiadores afirmam que Hitler migrou para o Maranhão para compor a trupe de Sarney. No entanto, há fortes indicios de que permaneceu na Paraíba, renegou seus instintos primitivos e aderiu ao transformismo.  Evidencias,  coligidas em diferentes regiões, comprovam sua passagem pelo sertão, seu gosto pela buchada do cariri e sua aptidão para esportes aquáticos no litoral paraibano.

 

Horácio, autor de 1375 crônicas e contos, bem como de incontáveis livros de causos,  descerrou um novo cenário para a pesquisa histórica. Desvendou a causa da ruina do nazismo e o destino de Hitler. Adverte-nos, também, para a ambivalência da ficção e de verdades verdadeiramente históricas. Muitas vezes seus desdobramentos são igualmente nebulosos.

 

Horácio, inveterado contator de estorias, como tantos outros eminentes historiadores, utiliza-se de ironia para sacolejar a História.

 

À  guisa de conclusão, podemos sugerir que a cura definitiva do abcesso dental de Hitler deve-se às tépidas e acolhedoras areias do litoral paraibano.

 

Diante de tantas evidencias, há suposições de que Hitler, decadente no final de vida,  apresentava-se como transformista, nas noites de sexta-feira, em bar de beira de estrada na Praia do Conde. Nos fins de semana, curtia o sol de Tambaba.

 

Este foi o desfecho trágico desta aventura desumana.

 

Horácio Almeida nos recomenda que a História explique outros mistérios, porque este se tornou legatário da ficção.


Data: 06/11/2013