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Brasil e EUA têm maior aumento de universitários intercambistas

O intercâmbio de universitários entre o Brasil e os EUA teve o maior aumento já registrado na história durante o último ano letivo.

 

O número de brasileiros estudando em universidades americanas cresceu 20% entre 2012 e 2013 -o país ocupa o 11º lugar no ranking de estrangeiros na educação superior dos EUA.

 

Já o Brasil registrou o segundo maior crescimento no mundo entre os destinos escolhidos por universitários americanos para estudar no exterior, uma alta de 16,5% em um ano, atrás apenas do Japão, onde a alta se explica pela queda abrupta no ano anterior após o desastre nuclear em Fukushima.

 

Os números são do relatório Open Doors, da organização Instituto de Educação Internacional em parceria com o Departamento de Estado norte-americano. Os relatórios são feitos em parceria desde 1972.

 

Apesar da tendência em alta, os números ainda são modestos dos dois lados. Há 10.868 brasileiros em universidades americanas, número inferior ao de taiwaneses (21.867 mil), vietnamitas (16.098), mexicanos (14.199) e turcos (11.278).

 

Já americanos no Brasil são 4.060 -há mais americanos estudando na Argentina (4.763) e na Costa Rica (7.900).

 

Confira quadro.

 

Pouca engenharia

 

O programa federal Ciência sem Fronteiras, apontado pelo estudo como maior responsável pelo aumento de 20% do número de universitários brasileiros nos EUA, teve resultado inferior a programas similares de bolsas da Arábia Saudita (que cresceu 30% em um ano) e do Kuwait (37%). Por deficiências no inglês, o envio de estudantes a Portugal dentro do programa ainda foi maior.

 

Apesar da ênfase do governo brasileiro em cursos como engenharia e computação, apenas 15% dos brasileiros nos EUA cursam essas áreas. A maioria está em humanas. Entre indianos e chineses, 58% e 32% respectivamente cursam engenharia e TI (tecnologia da informação).

 

China, Índia e Coreia do Sul, os três maiores emissores de estudantes para os EUA, representam 49% do total. Dos 819.644 universitários estrangeiros nos EUA (número que representa crescimento de 40% em uma década), 235 mil são chineses.

 

O Brasil contribui com 1,3% dos estudantes estrangeiros nos EUA, 10.868. Per capita, os chineses mandam quase 3,5 vezes mais estudantes que o Brasil.

 

Americanos

 

O número de americanos estudando no exterior triplicou em vinte anos, de cerca de 90 mil em 1992 para 283.332 no ano passado.

 

Os quatro principais destinos são na Europa Ocidental, Reino Unido, Itália, Espanha e França. Em quinto lugar aparece a China, onde 14.887 americanos estudam. O Brasil ocupa a 14ª posição, com 4.060 estudantes.

 

Apesar de todo o crescimento do número de estrangeiros nas universidades americanas, apenas 4% dos 21 milhões de estudantes no ensino superior dos EUA são estrangeiros. Das 30 melhores universidades do mundo, 20 são americanas, segundo o ranking britânico Times Higher Education.

 

Os universitários estrangeiros contribuem com US$ 24 bilhões para a economia americana, segundo estimativa do Departamento de Comércio norte-americano.

 

Califórnia, Nova York, Texas e Massachusetts são os Estados que mais receberam estudantes estrangeiros. O ensino superior representa 3% do PIB americano.

 

(Folha.com)


Data: 14/11/2013