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Artigo - Caso Ebserh/UFCG: A favor da serenidade democrática

Maurino Medeiros

 

Acompanho com interesse e preocupação a batalha de idéias e a troca de farpas entre o alto Starf da Administração superior da UFCG, seu Ex-Reitor e segmentos universitários ( professores, funcionários e estudantes ) no tocante a adesão ou não da nossa instituição a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares ).

 

Nosso interesse nesse movimento frenético de quase luta corporal diz respeito a compreender até que ponto os contendores terão atitude ?

 

Até quando terão capacidade para a interiorização da aceitação, da ação colaborativa e principalmente da convivência com as diferenças ?

 

Até quando irão na compreensão do fazer política como atividade de busca de soluções para os desafios do momento presente ?

 

Nossa preocupação e a de muitos que trabalham e povoam a instituição se prende a maneira impar como esta discussão está posta e a forma pouco amistosa de tentar impor seus pontos de vistas. Fico a me perguntar que interesses outros existem por trás desta pendenga se não o vinculado aos interesses públicos de melhor qualidade de saúde e educação para a população que irá se servir do Hospital Alcides Carneiro e de nossos estudantes que lá terão a complementação de suas

formações acadêmicas na área de saúde pública.

 

Se o atual governo tem a saúde pública como política de Estado, o que o impede de construir um complexo hospitalar no alto sertão paraibano independentemente da adesão do Hospital Alcides Carneiro a EBSERH ? Por que o governo federal chantageia a Administração Superior da UFCG tentando impor goela abaixo a adesão total e a quebra do regime jurídico único para a contratação de novos trabalhadores ?

 

Este jogo de insultos, empurra-empurra, ameaças e desqualificações com certeza não contribuirá para uma solução propositiva para a UFCG e menos ainda para os anseios da comunidade da cidade de Cajazeiras que está sendo usada como moeda de troca neste embate ideológico.

 

Ou buscamos a serenidade democrática que se faz necessária construindo com sabedoria uma solução dialógica construída a partir da interiorização da aceitação, da obediência as regras do jogo democrático, do respeito aos nossos atos normativos internos e nossa tradição de alteridade ou todos sairão perdendo. SERENIDADE E CANJA DE GALINHA NÃO FAZ MAL A NINGUÉM.

 

 

Maurino Medeiros é Ouvidor da UFCG


Data: 05/02/2014