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UFCG rediscute adesão à EBSERH nesta terça

Conselho Universitário votará matéria em sessão extraordinária no Centro de Extensão

 

A adesão da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) será rediscutida na manhã desta terça-feira, dia 18, em sessão extraordinária do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, no Centro de Extensão José Farias da Nóbrega.

 

A expectativa é que, desta vez, os conselheiros tenham espaço oportuno e a tranquilidade necessária para debater sobre o tema. Será a terceira vez, no atual reitorado, que a matéria entrará em pauta. As sessões anteriores foram inviabilizadas pela invasão do auditório, por manifestantes contrários à Ebserh.

 

A necessidade da rediscussão da matéria em sessão extraordinária se deve ao fato da Justiça Federal ter estabelecido um prazo (dia 27/03) para que a universidade comprove a vinculação à Ebserh do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), localizado em Cajazeiras, ou promova, em caráter emergencial, a contratação de servidores temporários para aquela unidade.

 

Outro hospital

 

Em janeiro passado, o presidente da Ebserh, Rubens Rebelatto, ratificou que existe previsão orçamentária para a construção de outro hospital universitário na cidade de Cajazeiras e que a empresa conduzirá a construção, assim  como fará a gestão desse novo equipamento.

 

“Assumindo a gestão, em conjunto com a universidade e direção do hospital”, diz o documento, “a empresa também providenciará a recomposição da força de trabalho do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande”.

 

Essa “manifestação de Compromisso” foi solicitada pela reitoria para subsidiar a retomada da discussão sobre a adesão da UFCG à Ebserh. Pois, segundo Edilson Amorim, ao mesmo tempo em que garante mais um hospital para o Estado, registrando oficialmente tal compromisso do governo federal, o documento comprova que a adesão vai além de uma visão estritamente política.

 

“Estou convicto de que esse novo modelo de gestão hospitalar garante maior presença do estado, fortalece e reestrutura os hospitais”, afirmou o reitor, ressaltando não acreditar que a comunidade acadêmica da UFCG se furtará em contribuir com a Paraíba, não permitindo a construção de um hospital com 200 leitos e a contratação de, no mínimo, mais mil profissionais na área de saúde.

 

Recursos humanos

 

Segundo o secretário de Recursos Humanos da UFCG, Homero Gustavo, para que o HUAC sobreviva, modernize-se e amplie seus serviços, são necessários investimentos não apenas financeiros, “mas, sobretudo, que haja investimento em recursos humanos, visto que sem a presença de profissionais, em número suficiente, não há como aquele hospital prestar o serviço que a população de fato precisa”, afirmou.

 

“Com a Ebserh, há o compromisso do Governo Federal de imprimir uma gestão moderna, o que implica necessariamente em promover as reformas necessárias, treinar gestores, prover a reposição e ampliação do quadro funcional, modernizar equipamentos, estabelecer metas, racionalizar recursos, qualificar o aprendizado, entre outras medidas”, destacou .

 

História

 

Edilson Amorim foi categórico ao afirmar que não será responsável pela estagnação dos serviços prestados pelo Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, por frustrar a federalização do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) e nem por inviabilizar a construção de outro hospital universitário, de média e alta complexidade – com 200 leitos – na cidade de Cajazeiras. “Tenho zelo por meu passado, cuido do meu presente e, especialmente, preservo o meu futuro”, ressaltou.

 

Prazo

 

O reitor alertou que, embora o MEC não tenha estabelecido um prazo para a adesão, a UFCG tem até o próximo dia 27 – por determinação da 8ª Vara da Justiça Federal – para comprovar a vinculação do HUJB à Ebserh ou realizar contratação excepcional de profissionais para assegurar o funcionamento do hospital.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG - 17.03.13)


Data: 17/03/2014