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Aritgo - ...Sobre o Colegiado Pleno

Horácio de Almeida Lima

 

 

A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder).

 

Então, como já foi dito milhares de vezes, “todo o poder emana do povo...”.  Isso é fato e não requer nenhuma rediscussão.

 

Portanto, é totalmente admissível que pessoas, entidades, categorias organizadas, adentrem nos recintos públicos para externarem suas reivindicações, decepções, desejos e aspirações...

 

É justo e democrático a utilização de meios, bizarros, quais sejam: latas, bumbos, apitos, buzinaços e etc., porém, também é justo e democrático, respeitar os que não querem ouvir tal sinfonia infernal.

 

É justo e democrático, ocupar tribunas para externar pontos de vista, acusando possíveis desafetos e defendendo opiniões talvez divergentes, porém, também é justo e democrático respeitar os limites impostos por uma sociedade civilizada, que é dar o direito de falar a todos e com tempo igual. 

 

Ninguém tem o direito de arvorar-se “dono da verdade”, e de dedo em riste, intimidar autoridades revestidas no respaldo de direito, outorgado pelos seus pares.

 

A ninguém deve ser dado o direito de falar além do tempo regulamentar adotado para todos, a não ser que haja concordância da maioria, caso contrário, vira balbúrdia (casa da mãe Joana) e corre-se o risco de não se ouvir o outro lado.  Afinal, somente os déspotas usam de tal estratégia no afã de firmar-se no poder.

 

É um despautério, uma jovem levantar-se sem que o espaço lhe tenha sido concedido e grite (dedo em riste) exigindo que o presidente da mesa se cale, quando na verdade, é o presidente quem dirige os trabalhos e consequentemente, concede de forma coerente, o direito de falar aos que assim o desejem.

 

É desproposital que alguém ultrapasse (em muito) o tempo regulamentar de sua fala, e quando o presidente a adverte, esta, diga que vai falar por mais duas horas...

 

Ora, que democracia é essa?  Por que temos que participar dessa coisa?  Desse “samba do militante doido?”.

 

O estado de direito exige respeito entre os que se opõem.  Caso contrário, teremos uma democracia falha, se é que existe este tipo de democracia.

 

É inadmissível que estudantes sejam agredidos por seguranças, assim como é inadmissível que dirigentes sejam coagidos e presos por estudantes dentro dos seus gabinetes.

 

O diálogo foi é e será sempre o caminho para dirimir dúvidas e se chegar a soluções, portanto, é o que pedimos: DIÁLOGO!

 

 

Horácio de Almeida Lima é membro do Conselho Pleno da UFCG


Data: 02/05/2014