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Artigo - Aspectos ético e moral da competição enquanto ato humano

José Albos Rodrigues

 

A competição é um ato praticado exclusivamente por seres humanos e por demônios, porque além de ser um ato de natureza essencialmente espiritual, portanto, moral, os demais seres vivos por não terem espírito, não competem entre si, como declaram as falsas teorias  “científicas” que têm enganado a muitos, a exemplo da teoria da evolução, da teoria da seleção natural e de outras, as quais são, na verdade, o fio condutor da inspiração de grande parte das modalidades das competições modernas; havendo muitos aspectos intencionalmente escondidos a respeito do que é, realmente, uma competição enquanto ato humano, e de quais planos maliciosos estão por trás desses “fazeres” enganosos e destruidores, alguns dos quais estão trazidos a lume a seguir; com o fim de clarear quão imoral e antiética é a prática competitiva.

 

Deus tem reservado para cada família muitas dádivas maravilhosas incluindo, por exemplo, vida, saúde, prole, suprimento, provisão, bênção, suficiência etc., não precisando o ser humano competir com ninguém para ter acesso a esses e muitos outros benefícios (Ef 1:3); porque a suficiência do ser humano vem de Deus (2 Co 3:5). Além disso, como o Senhor conhece o ser humano profundamente (Sl 139), estabeleceu que só Ele (Deus) pode lutar pelas conquistas e causas humanas (Jo 15:5) e operar para que ele seja vitorioso quando for atacado pelos inimigos (espíritos maus); porque só o Senhor pode fazer isso com justiça, retidão e sabedoria, sem causar dano ao ser humano, a quem ama imensamente. Vale salientar que Deus dá a cada um o que ele precisa, desde que haja obediência à soberania e aos mandamentos do Criador (Is 42:8, Is 48:11).

 

Além disso, o Senhor estabeleceu o amor como modelo de relacionamento entre os seres humanos (Lv 19:18, Jo 13:34), através do qual cada um se empenha para o outro ser vitorioso em seus desejos (Gl 6:2, 1 Ts 5:11, Hb 3:13), vivendo em ajuda mútua, dando a vida para que o próximo consiga alcançar os seus objetivos (1 Jo 3:16, Ef 5:25), enfim, cooperar, considerar, consolar, confortar, exortar, ajudar, servir ao próximo; tudo isso de acordo com o que determinam os mandamentos de Deus.

 

Entretanto, a competição é regida por uma doutrina que é contrária ao amor, levando os seres humanos à divisão, à facção, à dissenção, ao partidarismo, de forma que cada ser humano ou grupo luta numa disputa para vencer e derrotar o outro; o que é imoral e antiético. Este é o motivo pelo qual não há competição na qual um trabalha para o outro vencer. Além de a competição ser o contrário do amor, o pensamento competitivo faz o amor esfriar, destruindo os relacionamentos puros e sinceros com Deus e com o próximo, como se vê na maioria das famílias e das sociedades de hoje.

 

Competição é, portanto, um ato impuro sob os pontos de vista moral e ético porque envolve oposição maliciosa entre seres humanos, caracterizada por concorrência, discórdia, facção, disseção, divisão, desacordo, contenda, porfia, constituindo-se como um ato humano perverso que pode, inclusive, levar o ser humano para o inferno (Gl 5:19:21); se não se arrepender.

 

É uma prática que separa os seres humanos – ao passo que o amor une –, levando grupos a se confrontarem em disputa por uma mesma coisa, um procurando vencer o outro de qualquer jeito, esforçando-se para derrotá-lo a todo custo, intencionando, pensando e agindo com a finalidade de ser vencedor e o outro ser vencido, não importando o que aconteça com ele, como consequência da derrota. Chegando, inclusive, a prejudicá-lo, sem se importar com os danos que o vencido venha a ter, além da derrota na competição em si.

 

Existem seres humanos que, enganados, concebem modalidades de competição regidas por regras desumanamente idealizadas, com aparência de justas, as quais não eliminam o caráter nocivo, diabólico e maligno da disputa enquanto ato humano corruptível; porque é nociva em sua essência. Na competição, um ser humano ou um grupo está decidido a estar em desacordo com o outro, pois os interesses são opostos: cada um quer para si o que o outro também deseja, sendo que, por princípio, o prêmio, troféu ou taça só poderá pertencer a um dos concorrentes (1 Co 9:24-25). Veja que, se competição fosse algo bom, premiaria todos os concorrentes, inclusive as torcidas. Isso impõe que só um seja considerado o “vencedor”. Por esse motivo cada concorrente além de se esforçar para obter o que quer, luta com o objetivo de que o outro fique sem aquilo que tanto almeja. Estando todos imbuídos desse propósito, lançam-se na perversa luta de oposição, utilizando-se de todos os recursos possíveis para fazer o outro ser derrotado, vencido, desgraçado, inferiorizado, diminuído, menosprezado, abatido, caído, sucumbido; pior: vaiado e escarnecido.

 

Depois que o ser humano ou o grupo se exercita na doutrina maligna da competição, não sente mais razão, desejo ou motivação para se entregar a serviço de outrem. Pelo contrário, procura vencer o próximo de qualquer jeito, exercitando-se no individualismo centrado em um ser humano ou um grupo, impossibilitando a existência de amor, ajuda mútua, edificação coletiva, cooperação etc. entre os que competem e os que por eles torcem. Veja que os malefícios da competição afetam muitos com efeito multiplicador.

 

A competição é, portanto, um ato imoral e antiético, maligno; que leva o ser humano, conscientemente ou não, a lutar contra o seu semelhante (próximo) com o intuito de vencê-lo, derrotá-lo, sem levar em consideração o que de maléfico possa vir a acontecer com ele em decorrência da derrota.

 

A título de exemplificação de diversas formas de práticas competitivas inspiradas por demônios nos dias atuais podem-se citar: copa do mundo e esporte de toda espécie e modalidade, empreendedorismo, sistemas democráticos, religião criada por seres humanos, sistema midiático, política pública, bingo, rifa, gincana, olimpíada, diversas modalidades de festas, jogo eletrônico, concurso de qualquer espécie, vestibulares, redes sociais, jogos de azar em geral e muitas outras.

 

Os atos malignos da competição ocorrem, também, nos vários ambientes de convivência humana como, por exemplo, família, igreja, escola, trabalho, clubes, festas e tantos outros. O pior de tudo é que na maioria das competições ou concurso e similares, a quantidade de seres humanos que saem derrotados é sempre muito maior do que os vitoriosos. Isso porque o diabo quer educar todos os seres humanos da Terra para serem como ele: derrotados; porque brevemente virá o juízo divino e ele quer levar consigo o maior o número de seres humanos para onde ele já sabe que irá: o lago de fogo e enxofre (inferno). Percebe-se, portanto, que a competição é um ato imoral e antiético que deve ser abolido das práticas humanas evitando com isso os efeitos danosos advindos dela tanto para os seres humanos como para todo o planeta.

 

Mais informações sobre os perigos da competição podem ser vistos, também, em www.albos.com.br, www.tvdafamilia.com e no livro “Alerta! A Competição Destrói Crianças, Jovens e Adultos”, de nossa autoria, que será lançado brevemente.

 

José Albos Rodrigues é professor da UFCG


Data: 18/07/2014