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Crise de abastecimento d'água em São Paulo desperta interesse em dessalinização

Laboratório da UFCG é destaque em matéria especial do jornal A Tribuna, de Santos

 

A falta d'água que atinge boa parte do estado de São Paulo ameaça milhões de pessoas na maior região metropolitana do país. O problema, causado pela falta de chuvas nas cabeceiras dos rios que abastecem dezenas de cidades, parece estar longe de ser resolvido.

 

A crise tem desafiado os especialistas e despertado o interesse em novas saídas para enfrentar a escassez do líquido, como a perfuração de poços, campanhas de conscientização, multas por consumo elevado e estudos para um inevitável racionamento.

 

Outro caminho apontado é a dessalinização das águas dos oceanos para o abastecimento de cidades litorâneas. O jornal A Tribuna, editado na cidade de Santos, publicou na última quarta-feira, reportagem especial sobre o tema, destacando o trabalho pioneiro do Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na coordenação de programas em vários pontos do país.

 

Intitulada Tratar água do mar é caminho viável, a matéria enumera as vantagens do processo, como o baixo custo e viabilidade técnica, ressaltando seu uso em várias partes do mundo.

 

"A dessalinização de água dos oceanos tem se tornado uma prática nos Estados Unidos e em países que necessitam de água potável", afirma na matéria o professor Kepler França, que coordena o Labdes. De acordo com o pesquisador, o governo da Venezuela recentemente definiu a construção de uma usina de dessalinização de 200 litros por segundo, "com perspectivas de 800 litros a curto prazo”, observou.

 

O jornal também destaca o projeto de viabilidade técnica e econômica do reuso de águas servidas, realizado pela UFCG em conjunto com a Companhia de Água e Esgoto do Estado da Paraíba (Cagepa), com apoio da Prefeitura Municipal e da Agência Nacional de Água (ANA).

 

O projeto prevê a implantação, no distrito de Catingueira, de dois sistemas de tratamento de esgoto e seu reuso como água para utilização na indústria ou irrigação na agricultura.

 

Segundo a publicação, "é prevista a possibilidade da água produzida ser aproveitada pelas indústrias do distrito industrial do Velame, distante aproximadamente 1 quilômetro do terreno onde o projeto está sendo implantado. A água para irrigação será usada no próprio local,em várias culturas".

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG - 24.09.14)


Data: 24/09/2014