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Artigo - Democracia é oposição perversa ao governo de Deus na família

José Albos Rodrigues

 

O uso das tecnologias de informação e comunicação permitiu a um grupo de pessoas analisar o vasto conteúdo da Bíblia com o fim de estudar o que é, realmente, essa aparente panaceia chamada democracia, tendo-se chegado a conclusões surpreendentes e impactantes de que a democracia é uma ideologia que tem como objetivo destruir a família.

 

Ao criar a família, Deus lhe deu o governo deste mundo (Gn 1:28) e estabeleceu, sabiamente, uma forma de condução para a mesma, havendo um único governante no Céu (Deus) e uma única autoridade humana sobre a família, o marido (Gn 2:18, Gn 3:16), tendo sido a mesma constituída pelo Criador, devendo as decisões na família serem tomadas por unanimidade. Ela foi organizada hierarquicamente (1 Co 11:3), devendo os seus membros ter um relacionamento de amor, fidelidade, intimidade e comunhão com o Criador, e entre si (Mc 12:29-31), de forma que tudo fosse comum: falar, pensar, proceder, opinar etc., ou seja, houvesse unanimidade em tudo (1 Co 1:10, 2 Co 13:11), alinhados aos pensamentos e sentimentos de Cristo (Rm 15:5, Fp 2:5), que pensa, fala e age como Deus o faz (Jo 8:28, 38, Jo 12:50).

 

Porém, o primeiro casal, depois de viver algum tempo em plena santidade, tomou a triste decisão de alimentar em suas mentes ideologias e filosofias malignas como os pensamentos competitivo e democrático, os quais o fizeram perder o governo deste mundo e da própria família (Is 53:6, Ef 2:12, Rm 3:23). Por causa disso, todas as famílias passaram a ter problemas que só Deus pode resolvê-los (At 4:12): competição, democracia, rebelião etc., que desencadeiam vários outros tipos de pecado (Sl 42:7).

 

Para resolver esse problema, o Criador decidiu iniciar um processo de salvação das famílias, com o fim de eliminar os pensamentos competitivo, democrático e toda forma de transgressão das mentes humanas, e devolver-lhes o governo e o poder que lhes fora dado antes. Para isso, escolheu uma família (a de Abraão) para, por meio da mesma, formar uma nação (Israel) e ensinar-lhe os seus preceitos, princípios, mandamentos, oráculos, decretos etc. (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt), ficando, a cargo dela, levar os ensinos, bênçãos e dádivas do Criador às demais famílias e nações do mundo, de geração em geração (Mc 16:15, Gn 12:3, Gn 28:14).

 

O primeiro passo que Deus deu ao escolher tal família foi tirá-la da escravidão em que se encontrava e colocá-la numa terra boa (Gn 12:7, Gn 13:17, Gn 17:8), a fim de viver em plena liberdade, sob os cuidados e o governo de Deus (Dt 8:1, Dt 15:5, Dt 28:13, 15). Lá chegando, essa família passou a habitar numa terra próspera e abençoada, vivendo como povo de Deus em fartura e bonança, onde se podia ter uma vida excelente (Ne 9:23, Is 9:3) porque esse povo vivia governado pelo Criador.

 

O governo de Deus sobre esse povo era exercido através de um de seus membros, escolhido e constituído pelo Senhor para ser o mediador entre Ele e os demais seres humanos. Este servo recebia ensinos divinos diretamente do Criador, colocava-os em prática e transmitia-os para o povo (Ex 4:30, 6, 14, Lv). Além disso, esse mediador julgava as causas de todos sob a orientação de Deus (Ex, Lv Nm, Dt), o qual supria esse mediador com todo poder e sabedoria, de forma que não faltava nada ao povo. Ao longo da história, houve vários desses servos escolhidos do Senhor. A Bíblia os cita, dentre eles Moisés, o primeiro deles; Josué, o segundo; os juízes como Tola, Jefté, Jair, Sansão e outros porta-vozes de Deus.

 

Entretanto, depois de tomar posse e de se fartar na terra boa, havendo-se multiplicado, aquele povo se rebelou contra Deus (Os 13:6-9, Sf 3:11), não aceitando mais continuar vivendo sob o governo do seu Criador, preferindo estar sob um governo humano, como viviam as demais famílias das nações pecadoras da Terra (1 Sm 8:5). Contrariando a vontade do Senhor, aquele povo pediu um rei humano a Deus, recebendo dEle um primeiro rei, Saul (1Sm 9, 10), o qual também se rebelou contra o Senhor, dando ouvidos aos ensinos de demônios (1 Sm 11-13), em vez de ouvir a voz de Deus, contaminando o povo escolhido do Senhor com maus exemplos, levando-o à rebelião e à escravidão do diabo.

 

Depois de experimentar vários reis humanos, alguns foram melhores que outros, não se tendo, contudo, nenhum que fosse totalmente fiel a Deus, justo, perfeito e que suprisse o povo com justiça, ensino e demais necessidades exatamente como o fazia o Criador, quando reinava sobre eles (antes de ter rei humano). Por causa disso, a iniquidade (pecado) espalhou-se no mundo, piorando a cada nova geração, tendo-se as famílias cada vez mais contaminadas com os maus exemplos dos reis e assoladas pelas injustiças das autoridades humanas.

 

Por causa do grande amor que tem pela família, Deus enviou um Rei perfeito, o Seu Filho Jesus, para ser Rei sobre aquele povo, e através dele, reinar sobre todos os demais povos da Terra, a fim de que ele o obedecesse, definitivamente, e levasse os ensinos divinos a todas as demais famílias e nações do planeta. Porém, como a mente da grande maioria dos moradores da Terra estava contaminada com os pensamentos competitivo (rebelião contra Deus) e democrático (oposição a Deus) e sob os efeitos e influências da ação de espíritos enganadores, a maioria dos membros daquela família não aceitou, novamente, ser reinada e governada pelo Criador através do Rei Jesus; preferindo tomar uma decisão democrática (decisão da maioria) e determinar a morte e a crucificação do Rei que Deus lhes enviou por amor, para os salvar das garras de Satanás.

 

No entanto, antes de morrer, o Senhor Jesus já tinha discípulos, e considerando a família como a menina de Seus olhos, o Pai, por ter vida em si mesmo, decidiu dar esta Vida de volta ao Seu Filho, que havia morrido, ressuscitando-o dentre os mortos (Jo 8:26). Depois de ressuscitar, Jesus passou cerca de quarenta dias aparecendo aos Seus discípulos, capacitando a Sua Igreja com ensinos e unção (At 1:3), a fim de que eles, como ministros do Evangelho, se encarregassem de levar a mensagem de salvação a todas as famílias da Terra (Mc 16:15), detalhando o modelo divino de governo, o qual está expresso na Palavra de Deus; modelo esse que não é a democracia. De forma que, multidões já aceitaram viver submissas ao Rei Jesus, porque Ele é a única autoridade credenciada por Deus para libertar o ser humano dos enganos da competição, da democracia e de todo pecado, e governar os seres humanos segundo a vontade de Deus (Hb 8:13, Hb 12:24).

 

Acontece que a maioria dos moradores da Terra se mobiliza para rejeitar esse Rei e constituir governos humanos sob a égide de doutrinas satânicas (1 Jo 5:19, 1 Jo 2:15), a exemplo da competição, da democracia, de ideologias como diversidade, igualdade de gênero e outras igualmente perversas. Já se tentou, em todo o mundo, várias formas e sistemas de governo como, por exemplo, reinado, presidencialismo, parlamentarismo, comunismo, socialismo, capitalismo etc., porém nenhum prevaleceu com êxito nas diversas nações; porque Deus estabeleceu que Ele é Soberano e nunca dará a nenhuma nação o direito de viver independente dEle (Is 42:8, Is 48:11).

 

É notória a oposição dos sistemas democráticos em relação a Deus e a Seu mais belo projeto na Terra: a família. Observando-se as constituições e leis dos países que adotam a democracia em seus “saberes” e “fazeres”, nota-se que são contrárias à Palavra de Deus. Nessas nações têm-se elevados índices de doenças físicas e mentais, violência, fome, devastação do planeta, destruição da família. O mais grave é que os governos fazem essa devastadora destruição da família sem perceber, porque estão cegos espiritualmente falando (2 Co 3:5). Grave, também, é que a democracia, que é uma doutrina satânica, foi criada com o objetivo de eleger um governante mundial que oprimirá e tentará destruir todos os seres humanos, especialmente aqueles que decidirem obedecer a Deus.

 

Atualmente, o mundo vive um cenário no qual, de um lado, a maioria das nações da Terra se pactua, sem perceber, para destruir ou ignorar os dois maiores feitos de Deus: a família e o seu “ninho”, o planeta Terra (1 Jo 5:19). Por outro lado, acontecem os preparativos finais do Senhor para derrotar, de forma completa e definitiva, essa maioria rebelde (Ap 1:3, Ap 22:10); rebelião essa que já dura milhares de anos, agora travestida de boa com nomes enganosos como democracia, sustentabilidade, diversidade, filosofia, ideologia de gênero e outros similares.

 

Dentro da Sua Soberania (Is 42:8, Is 48:11), Deus decidiu que derrotará, brevemente, o sistema democrático (Ap 16:19) e implantará o Reino de Cristo na Terra, no qual haverá, verdadeiramente, plena paz, amor, prosperidade, justiça, saúde, longevidade e tantas outras incontáveis e inumeráveis bênçãos.

 

As decisões do Senhor, bem como as Suas Palavras, revelam que todo o trabalhar de Deus na Terra é voltado para a restauração da família (Ef 3:15, Gn 1:26-26, At 3:25). Até mesmo a Igreja que o Seu Filho Jesus fundou foi criada de forma que Jesus é o Noivo, a Igreja a Noiva, de maneira que, os que nascem de novo, convertendo-se ao Evangelho, tornam-se filhos de Deus, irmãos de Jesus, tendo Deus como Pai dessa família por toda eternidade futura.

 

Logo, o negócio de Deus na Terra é com família; e não com religião criada por seres humanos, ciência, democracia, partido político, poderes públicos (executivos, legislativos, judiciários), sindicado, cooperativa, ONG ou qualquer outro tipo de organização humana; porque o Reino de Cristo não é deste mundo (Jo 18:36), nem se submete às instituições humanas. O Senhor tem permitido a existência dessas organizações, porém, somente até que o Evangelho chegue a toda criatura, fato este que se encontra em seus instantes finais. Concluída esta tarefa de evangelização, o que acontecerá muito brevemente, Jesus virá acabar com todos esses sistemas e poderes; por insistirem em ser laicos, ou seja, inimigos de Deus.

 

Portanto, todos os membros de cada família devem se converter e se submeter ao governo do Rei Jesus e apressar a Sua vinda. Por esta razão, o discípulo de Jesus não pode, nem deve participar dos processos democráticos ou políticos deste mundo, porque, essa atitude se constitui adultério espiritual, infidelidade a Deus e mau testemunho para as gerações mais novas; e, quem assim proceder, torna-se, também, inimigo de Deus (1 Jo 13:15, Tg 4:4).

 

José Albos Rodrigues é professor da UFCG

albos@computacao.ufcg.edu.br

 

 

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Data: 26/09/2014