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Professores comentam tema da redação do Enem 2014

Os candidatos que fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (9), se depararam com o tema de redação sobre 'Publicidade infantil em questão no Brasil'.

 

O assunto surpreendeu, mas segundo os professores Marcelo Freire, do Colégio JK de Brasília, e Viviane Faria, do Alub, não foi considerado difícil. Eles participaram do programa #CaiuNoEnem, e comentaram as questões de língua portuguesa, além da proposta de texto dissertativo-argumentativo.

 

Os professores ressaltaram que prestar atenção nos textos de apoio apresentados junto à sugestão do tema é o grande segredo para se sair bem na redação."Embora o tema tenha sido surpreendente, ele traz o que se discute hoje na mídia", afirma Marcelo Freire.

 

Apesar de não ser permitida a cópia de trechos dos textos motivadores, eles podem, segundo Freire, indicar o que se espera do aluno a partir daquela sugestão.  "A formatação sempre deixa claro para o aluno um caminho possível a ser trilhado. O texto 3 trazia um convite para o aluno pensar que ele mesmo é o sujeito da mudança", diz.

 

Viviane Faria cita, ainda, que questões da prova de português traziam elementos que poderiam dar mais ideias aos participantes. Por isso, deixar para fazer a redação depois de responder às 90 questões é uma vantagem no Enem.

 

Argumentação autoral

 

Para os professores, os textos de apoio fizeram diversos convites aos candidatos, dando a eles caminhos por onde a redação poderia seguir. "A gente espera que o aluno tenha repertório, mas os textos motivadores são dicas", diz Freire. Portanto, na redação do Enem é importante se basear no que é apresentado, mas deve-se elaborar uma argumentação original.

 

A atenção aos direitos humanos também precisou ficar aguçada diante do tema publicidade infantil: segundo o professor, o participante do Enem deveria, neste caso, lembrar da liberdade de expressão e não sugerir, em hipótese alguma, a censura à propaganda direcionada às crianças. "O texto 1 mostra que o país já tem a autorregulamentação que é o Conar", lembra.

 

Proposta de intervenção social

 

Seguindo a ideia de sugerir uma intervenção social sobre o tema, Freire lembra que a proposta poderia trazer a criação de mais leis sobre, mostrar a intervenção da família, citar o papel da escola de formar crianças mais conscientes.

 

"A sua proposta deveria ter trazido uma ação sobre o assunto, lembrando que para ser eficaz ela deveria ser uma solução para o problema abordado", explica.

 

(Portal Brasil)


Data: 11/11/2014