Artigo - A teoria de tudo Benedito Antonio Luciano* Produzido em 2014 e lançado no Brasil em 29 de janeiro de 2015, o filme “A teoria de tudo”, dirigido por James Marsh, sob o título original “The Theory of Everything”, é baseado no livro de memórias “Travelling to Infinity: My Life with Stephen”, escrito por Jane Hawking, ex-mulher do astrofísico inglês Stephen W. Hawking. A teoria de tudo é uma ideia poderosa e permanente na física e consiste na busca pela unificação de todas as forças da natureza, em uma mesma teoria, de fenômenos diferentes, assim como Isaac Newton (1642-1727) unificou a queda dos corpos e o movimento planetário e James Clerk Maxwell (1831-1879) unificou a eletricidade e o magnetismo. “A unificação das forças fundamentais: o grande desafio da física contemporânea” é o título da versão brasileira do livro originalmente publicado pela Editora da Universidade de Cambridge, Inglaterra, em 1990. Na versão brasileira, lançada em 1993, pelo editor Jorge Zahar, o físico paquistanês Abdus Salam, um dos descobridores da unificação eletrofraca, apresenta as ideias e a história da “teoria de tudo”, acrescidas dos registros escritos das conferências proferidas por Werner Heisenberg (1901-1976) e Paul Adrien Maurice Dirac (1902-1984), em junho de 1968, em Trieste. No filme, Stephen W. Hawking, brilhantemente interpretado pelo ator britânico Eddie Redmayne, é apresentado como o jovem estudante da Universidade de Cambridge fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna Jane Wide, interpretada por Felicity Jones, e a descoberta de uma doença motora degenerativa, esclerose lateral amiotrófica, que lhe tirou os movimentos do corpo e a fala quando ele tinha apenas 21 anos. Embora na época da descoberta da doença um médico tenha previsto que a expectativa de vida do jovem Hawking seria de cerca de dois anos, o prognóstico não foi confirmado e Stephen W. Hawking, que atualmente tem 72 anos, produziu obras de grande repercussão, como: “Uma breve história do tempo: do Big Bang aos buracos negros” e “O universo numa casca de noz”. Na busca da teoria de tudo, ele tenta unificar as forças fundamentais do universo micro (mundo quântico) com o universo macro (relatividade) e descrever isso sob a forma de uma equação. Indicado para concorrer ao Oscar 2015, em cinco categorias (melhor filme, ator, atriz, roteiro adaptado e trilha sonora original), o filme “A teoria de tudo” foi vencedor de dois prêmios Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Eddie Redmayne) e Melhor Trilha Sonora (Jóhann Jóhannson). * Benedito Antonio Luciano é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG.
**As afirmações e conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta responsabilidade dos seus autores, não expressando necessariamente a opinião da instituição. Data: 03/02/2015 |