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Opinião - PRAC discute assistência estudantil

A assistência estudantil é encarada e defendida, pela atual gestão, como instrumento fundamental de manutenção dos estudantes na universidade.

José Edílson de Amorim - Doutor em Letras, professor da disciplina Literatura Brasileira, da Unidade Acadêmica de Letras (UAL/CH), e atual vice-Reitor da UFCG.

 

O número de refeições, nos quatro restaurantes universitários, declinante antes da criação da UFCG, aumentou, nos últimos dois anos, de 1560 para 1900, mantendo-se a gratuidade total.

Em função desse aumento e, também, em razão do uso intenso, a recuperação dos equipamentos dos restaurantes é feita constantemente.

Recentemente, foi inaugurada mais uma residência universitária em Campina Grande, possibilitando o atendimento a 20 novos residentes. O posto médico será reequipado e redimensionado em seu funcionamento.

Além dessa assistência, a UFCG paga em torno de 500 bolsas, por mês, incluindo a MONITORIA, o PIBIC (a contrapartida institucional), o PIBIAC, o PROBEX, o PROLICEN e as bolsas de Tutoria Acadêmico-Administrativa para alunos. Esses programas são concebidos pelo MEC como assistência ao estudante.

Ademais, há uma particularidade em nossa instituição: as universidades brasileiras mantêm restaurantes pagos, enquanto na UFCG não é cobrada taxa alguma – as residências e os restaurantes são inteiramente gratuitos.

Mas as diretrizes orçamentárias do MEC não incluem restaurante gratuito. Por isso, a UFCG retira de seu custeio o abastecimento e os serviços dos seus restaurantes, o aluguel e os serviços de residência universitária, a recuperação de instalações e a compra de material permanente e, ainda, a promoção e a participação de estudantes em eventos.

O atendimento à crescente demanda por programas acadêmicos não tem permitido à administração ampliar, na mesma medida do aumento das necessidades, o número de comensais e de residentes com os mesmos serviços que são oferecidos hoje.

Por isso, em discussões preliminares nos quatro campi, com alunos residentes, comensais, dirigentes estudantis e dirigentes da instituição, a PRAC começou, em abril deste ano, a ouvir a comunidade buscando a formulação de uma proposta de bolsa permanência, objetivando assistir os estudantes em suas necessidade de moradia e de alimentação.

É preciso ampliar e melhorar os serviços de restaurante e de residência universitária da UFCG. É urgente, então, que se parta para um programa de assistência estudantil mais amadurecido do ponto de vista administrativo; um programa de assistência estudantil discutido e construído coletivamente, com a participação dos estudantes, dos gestores e dos servidores envolvidos, com vistas a sua consolidação institucional.

Pensando assim, sugere-se um Programa de Bolsa Permanência, visando à ampliação da assistência hoje oferecida e sua melhoria. Se aprovado pelos Conselhos Superiores da Universidade, esse programa permitiria um salto de qualidade na assistência estudantil da UFCG.

Para evitar confusão no entendimento da comunidade estudantil, a proposta aqui sugerida não significa terceirização, não significa restaurante pago ou a privatização do mesmo; essa proposta, se convertida em programa, não substitui as formas atuais de assistência ao estudante que a UFCG pratica. Ao contrário, o que se quer é ampliar e melhorar a assistência ao estudante para garantir sua permanência durante a realização de seu curso universitário.

São essas as sugestões que a PRAC deseja discutir com os estudantes, os diretores dos centros e os gestores de residências e de restaurantes.


Data: 19/05/2006