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HU de Cajazeiras passa a realizar testes para diagnóstico da dengue

Antes, o serviço era prestado por um laboratório terceirizado. Entre os benefícios da mudança, está a redução de custos

 

Os testes rápidos para diagnóstico de dengue, chikungunya e zika passaram a ser realizados pela equipe assistencial do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Até a primeira quinzena de maio, os exames eram submetidos a um laboratório terceirizado, o que gerava custos e demandava um prazo maior para divulgação dos resultados. Para se ter uma ideia da redução, somente em abril deste ano foram gastos mais de R$ 12 mil com esse tipo de exame. A demanda alta se deve ao período sazonal.

 

Os kits para os exames são repassados, sem custos, pela Secretaria de Estado da Saúde, através do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), e foram viabilizados graças a contatos da equipe do hospital com a instituição estadual. “Todos os meses, encaminharemos ofícios para a SES, e eles enviam os kits para realizarmos os testes”, afirmou a chefe do Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUJB, Eliane Leite.

 

Os testes ficam a cargo do enfermeiro ou técnico de enfermagem plantonistas e são realizados no pronto atendimento do hospital. Segundo Eliane, toda a equipe está recebendo treinamento para uso adequado e racional do material, com suporte da Gerência de Atenção à Saúde. A cada mês, o hospital vai enviar um levantamento com os dados sobre as coletas para o órgão de saúde do Estado, responsável pela notificação da dengue, chikungunya e zika.

 

“Temos a obrigação de prestar um bom serviço, ou seja, um serviço de qualidade as crianças e adolescentes, que buscam um atendimento resolutivo, com diagnóstico preciso, que é fundamental para a escolha da terapêutica adequada”, destacou a chefe da Unidade de Apoio Diagnóstico, Jeane Aquino. Ela afirmou ainda que o aumento dos sinais de alerta da dengue, durante o período chuvoso, culminou com o crescimento da demanda das solicitações dos exames de teste rápido ASN1, para fechar ou descartar o diagnóstico.

 

“Observou-se que, no mês de abril, só para diagnóstico da dengue (Antígeno NS1) foram gastos mais de R$ 12 mil. No entanto, esse mesmo teste é fornecido pelo Lacen mediante procedimentos simples e sem nenhum custo para o hospital. A partir de agora, esses testes passarão a ser realizados pela própria equipe assistencial. É muito simples, basta seguir as recomendações necessárias para cada tipo de teste”, enfatizou a superintendente Mônica Paulino.

 

A superintendente destacou ainda que, com as mudanças que o hospital vai passar nos próximos meses, com a implantação de novos serviços, deve-se ter ainda mais zelo com a aplicação dos recursos destinados ao HUJB. “Isso é uma questão de bem comum e deve ser um compromisso de todos. Precisamos fazer dos procedimentos uma fonte de sustentabilidade e de garantia do aumento da qualidade. Aquilo que economizamos podemos converter em diversas melhorias”, conclui.

 

Saiba Mais

 

Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no mundo. A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.

 

A Febre Chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e também pelo Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.

 

Já o vírus da Zika, também transmitido pelo Aedes aegypti, foi identificado no Brasil em abril de 2015 e tem preocupado por sua vinculação com bebês com microcefalia. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

 

(Ascom HUJB/UFCG)


Data: 28/05/2018