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Harvard entra na corrida por clone de embrião humano

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA, disseram ontem ter iniciado esforços para produzir embriões humanos clonados como fontes de células-tronco, usando verbas privadas para contornar restrições federais sobre o trabalho

A chamada clonagem terapêutica, que permitiria criar células-tronco sob medida para cada paciente, ainda não foi obtida.

O trabalho mais célebre nesse sentido, o do veterinário coreano Woo-Suk Hwang, se revelou uma fraude, devolvendo esse campo à estaca zero.

Os cientistas de Harvard, agora, estudam como as células-tronco embrionárias são geneticamente programadas.

"Nosso objetivo em longo prazo é criar células-tronco embrionárias a partir dos tecidos do paciente, corrigir os defeitos genéticos e reimplantar as células reparadas nos pacientes", disse George Daley, do Hospital Infantil de Boston.

Entre as moléstias na mira dos cientistas está a esclerose lateral amiotrófica (cujo paciente mais famoso é o físico Stephen Hawking) e o diabetes.

Esse tipo de pesquisa esbarra em objeções morais porque, para obter as células-tronco, os embriões clonados precisam ser destruídos.
Para alguns, isso equivale a assassinato.

Países como a Coréia do Sul e o Reino Unido permitem a clonagem terapêutica, mas nos EUA esse tipo de pesquisa, por lei, não pode ser feito com financiamento federal.

Um dos cientistas do grupo de Harvard, Douglas Melton, já trabalha com financiamento privado na produção de células-tronco embrionárias humanas.

No ano que vem, a maior universidade americana deve inaugurar seu Instituto de Células-Tronco.


Data: 07/06/2006