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Universidade Estadual do Amazonas faz vestibular para professores indígenas

Professores indígenas, diretores, gestores, secretários e coordenadores de escolas indígenas de seis municípios do Alto Solimões (AM) podem se inscrever no processo seletivo ao curso de licenciatura específica para professores indígenas oferecido pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA), campus de Tabatinga. As inscrições podem ser feitas até o dia 24.

A UEA, com apoio financeiro do MEC, abre 250 vagas no curso de licenciatura para os três povos indígenas que habitam os municípios de Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins. São 230 vagas para o povo Ticuna, que tem uma população de 36 mil pessoas no Alto Solimões, e 20 vagas para os povos Kaixana e Kokama.

As inscrições podem ser feitas na sede da Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngües, na aldeia Filadélfia (Benjamin Constant); no Centro de Estudos Superiores da UEA, em Tabatinga; na Coordenação de Educação Indígena da Secretaria Municipal de São Paulo de Olivença; na Secretaria Municipal de Educação, em Amaturá; na Escola Estadual Pedro I, em Santo Antônio do Içá; e Secretaria Municipal de Educação, em Tonantins.

As provas, em 24 de junho, constam de redação e títulos. Para os candidatos ticunas, a redação será em português ou no idioma ticuna e para os povos Kaixana e Kokama, em português. No dia da prova, a UEA vai sortear os temas da redação, entre estes: a educação escolar indígena diferenciada e a legislação educacional brasileira, a formação específica do professor indígena, o currículo diferenciado das escolas indígenas, a escola e a defesa do meio ambiente, a escola e a valorização da cultura, a relação escola e comunidade. A redação vale 20 pontos e os títulos dez pontos.

O resultado será divulgado em 10 de julho e as matrículas serão nos dias 14 e 15 de julho. O curso terá duração de cinco anos divididos em dez etapas presenciais e nove intermediárias. A primeira etapa presencial será de 16 de julho a 4 de agosto no Centro de Formação de Professores Indígenas Ticunas-Torü Nguepataü, na aldeia Filadélfia, em Benjamin Constant. Como é um curso ministrado em serviço, nas fases intermediárias, os participantes desenvolvem pesquisas e estudos orientados, prática pedagógica e produção de materiais didáticos nas aldeias onde trabalham.

Recursos

A UEA é uma das 12 instituições públicas de ensino superior selecionadas em 2005 para receber recursos do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC). Segundo o coordenador de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, a UEA deve receber este mês R$ 500 mil para a implantação do curso de licenciatura para professores indígenas.

Recebem apoio financeiro do MEC para a implantação, manutenção de cursos de licenciatura e custeio de estudantes, 12 instituições públicas: universidades federais de Campina Grande, na Paraíba (UFCG), Roraima (UFRR), Minas Gerais (UFMG), Amazonas (Ufam), Tocantins (UFTO),) e da Bahia (UFBA); e as estaduais de Mato Grosso (Unemat), Londrina, Paraná (UEL), Amazonas (UEA), Bahia (Uneb), Mato Grosso do Sul (Uems) e do Oeste do Paraná.


Data: 19/06/2006