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Estudo identifica marcador para câncer raro de intestino

Marcador poderá ser usado para identificação de risco em pacientes que já possuem histórico da doença na família

Um estudo multicêntrico internacional, com participação brasileira, identificou o marcador genético de uma forma rara de câncer do intestino.

A exemplo do que é feito com os genes BRCA 1 e BRCA 2 para o câncer de mama, o marcador poderá ser usado para identificação de risco em pacientes que já possuem histórico da doença na família.

O câncer em questão é o colo-retal hereditário sem polipose (HNPCC, em inglês), que ataca o intestino delgado.

A doença é bastante rara na população em geral, com menos de dez casos para cada milhão de habitantes (a proporção para o câncer de intestino grosso em São Paulo, por exemplo, é de 450 casos por milhão de habitantes). Nas famílias onde o tumor aparece, entretanto, o risco pode ser até 100 vezes maior.

"A impressão é de que todos os casos são hereditários", diz o médico Benedito Mauro Rossi, do Hospital do Câncer A. C. Camargo.
O estudo levantou o histórico de 85 pacientes em 13 países e identificou uma série de mutações que aumentam a propensão ao tumor - 90% delas nos genes MLH1 e MSH2.

"É um indicador importante de que a pessoa deve estar atenta para a doença", diz Rossi. O estudo saiu na revista Clinical Câncer Research.


Data: 06/07/2006