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Reunião Anual da SBPC: Brasil conquista pela primeira vez três medalhas de bronze na Olimpíada Internacional de Química

Quatro estudantes cearenses do ensino médio participaram da competição na Coréia do Sul

O Brasil conquistou três medalhas de bronze na 38th International Chemistry Olimpiad, realizada em Gyeongsan, na Coréia do Sul, nos dias 2 a 11 de julho. Competiram no evento 262 alunos de nível médio de 68 países. A equipe brasileira que disputou a Olimpíada Internacional de Química foi composta por quatro estudantes de 15 a 17 anos, todos do Ceará.

Ganharam medalha de bronze os alunos Rafael de Césaris Tavares, Lucas Pessoa Mineiro, do Colégio 7 de Setembro e Lucas Meneses de Sá, do colégio Ari de Sá, de Fortaleza. Thaís Terceiro Jorge, do 7 de Setembro, em decorrência de complicações de saúde, teve de ser hospitalizada e não realizou todos os testes.

A programação da Olimpíada constou de avaliação teórica com 11 problemas e avaliação experimental, com três problemas, informa o coordenador da equipe brasileira, Sérgio Melo, da ABQ e Funcap. Segundo ele, esta foi primeira vez que o Brasil ganhou três medalhas de Bronze na Olimpíada Internacional de Química.

Sérgio Melo informou que a Funcap é promotora do evento no Brasil, com a organização da Olimpíada Brasileira de Química. A Associação Brasileira de Química (ABQ) organiza suas aplicações em 23 estados e no Distrito Federal, com apoio financeiro do CNPq. O primeiro lugar geral foi conquistado por um estudante coreano, com medalha de ouro.

As outras quatro medalhas de ouro ficaram com estudantes chineses. "Os orientais dominaram", disse Sérgio Melo. Para ele, o desempenho do Brasil foi superior ao dos demais países da América Latina. O coordenador observou, todavia, que as delegações da Argentina, Chile, Uruguai e México, eram compostas com exclusividade por estudantes de escolas públicas.

As Olimpíadas Brasileiras de Química são realizadas há 11 anos. A coordenação da iniciativa começou sediada em São Paulo; desde 1995 passou para o Ceará.

De acordo com Sérgio Melo, o setor químico, depois do de bebidas e alimentos, é responsável pelo segundo maior PIB da indústria de transformação do Brasil e necessita de formação de recursos humanos especializados. Para o químico, as Olimpíadas constituem um estímulo para a localização e o investimento em novos talentos.

Em vista do potencial do setor na economia brasileira, conforme Sérgio Melo, está sendo organizado pela primeira vez um programa nacional de Olimpíada Brasileira de Química das Escolas Públicas, com apoio do Ministério da Educação. O projeto, segundo ele, pretende identificar e investir a longo prazo na capacitação de recursos humanos com vistas a conquistar medalhas nas olimpíadas nacionais e internacionais.

Nesta segunda-feira, na Reunião Anual da SBPC, foi realizado Encontro Aberto sobre o tema Olimpíadas de Ciências no Brasil, coordenado por Adalberto Fazzio (SBF), com a participação de Sérgio Melo (SBQ), João Batista Garcia Canalle (SAB) e Roseli Lopes (Febrace), na sala CTC 2001 do Bloco B, das 14 às 18h.


Data: 17/07/2006