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Espetáculo "Diário de um louco" será apresentado nesta sexta-feira na UFCG

O Grupo de Teatro Bigorna, da UFPB, dirigido por Jorge Bweres e André Morais, vai apresentar o espetáculo Diário de um louco, do escritor russo de origem ucraniana, Nikolai Vassilievitch Gogol, às 19h desta sexta-feira, 21, no auditório da Unidade Acadêmica de Arte e Mídia – UAAM, da UFCG, campus de Campina Grande, dentro da programação de início do semestre 2006.1 do Centro de Humanidades – CH.

Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela sua herança ucraniana, Nikolai Gogol escreveu em russo e é considerado parte da literatura russa. As suas obras são: Almas mortas, O nariz, O capote, O retrato, Táras Bulba, O diário de um louco, O Inspetor geral, Arabescos e Serões na propriedade de Dikanka.

Ficha Técnica

Direção: Jorge Bweres e André Morais; interpretação de André Morais; texto de Nicolai Vassilievitch Gogol; adaptação de Texto: André Morais e Jorge Bweres; iluminação (plano de luz e operação): Jorge Bweres; cenário: André Morais; música original: Marcílio Onofre, Samuel Correia e Wilson Guerreiro, compositores do grupo COMPUMUS-UFPB, sob orientação de Eli-Eri Moura; sonoplastia (operação): Marinalva Rodriguez; figurino: Graça Morais, e maquiagem: o Grupo.

Sinopse do espetáculo

Funcionário público desesperado de paixão pela filha do chefe cria para si um trono e uma coroa na tentativa de superar a medíocre existência. A sua total alienação e a força que pesa sobre ele, desde sua depressão até a máquina chamada Estado, o faz enlouquecer e terminar em um manicômio. Toda a peça é narrada por esse personagem, que em nossa montagem é anônimo, a visão do mundo ao seu redor, as percepções, angústias e confusões fazem deste texto de século 19 uma obra atualíssima. Os questionamentos sobre a burocracia, o funcionalismo público e o poder, vistos pela ótica do mais fraco, o que ambiciona tanto ser “alguém”, e assim conquistar Sophie, a filha do chefe, que seria o símbolo de sua felicidade e sucesso social. Através de cartas escritas por Medgi, a cachorrinha de Sophie, para uma confidente especial, Fidel, outra cadelinha da vizinhança, ele percebe o desprezo de Sophie por ele e a visão ridícula que as pessoas tem de sua figura.

Com essa decepção ele começa a embarcar em uma verdadeira alienação, e a partir de uma nota de jornal ele acredita ser o novo Rei da Espanha. Ele governa o país, manda e desmanda em seus súditos, acredita conquistar o mais breve Sophie e ter assim o que tanto almeja. Só que em verdade ele foi internado em um hospício, seus súditos são loucos e ele sofre torturas e humilhações, um triste fim de uma utopia medíocre e também o fim do pouco de dignidade que ele ainda tinha.


Data: 20/07/2006