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Unifesp cria ambulatório para cuidados paliativos

Por estar ligado a um centro universitário, a intenção é transformar o ambulatório em uma unidade modelo

Ao lado do Hospital São Paulo, na Vila Clementino (zona sul), uma casa em reforma deverá abrigar a partir do próximo mês o Ambulatório de Cuidados Paliativos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um lugar específico para atender pacientes graves, em estado terminal, que necessitam de assistência médica, nutricional e psicológica.

"Atualmente, pessoas com doenças graves e sem perspectiva de sobrevivência são duplamente castigadas. Primeiro não têm o que fazer contra a doença.Depois, são praticamente condenadas a ter um triste fim, pois ninguém tem interesse em tratá-las com dignidade", explica Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e responsável pelo ambulatório.

Por estar ligado a um centro universitário, a intenção do professor é transformar o ambulatório em uma unidade modelo, que trabalhe com equipes multidisciplinares e com um sistema de informatização para disponibilizar o prontuário dos pacientes para os hospitais regionais, evitando assim que eles sejam submetidos a uma autópsia.

O objetivo é difundir, inclusive entre os estudantes, os conceitos da medicina paliativa. "É um atendimento que envolve médico, dentista, fisioterapeuta, nutricionista e assistência psicológica e espiritual", diz.

"Buscamos dar um conforto, cuidar da dor, da nutrição, da hidratação, náuseas. A idéia é que eles recebam o atendimento aqui e possam ficar a maior parte do tempo possível em casa", explica Judiymara Lauzi Gozzane, do Ambulatório de Dor e Cuidados Paliativos da Santa Casa, uma das pioneiras na área, que recebe cerca de 125 pacientes por semana.

O ambulatório também realiza treinamentos com familiares ou responsáveis pelo cuidado com o paciente.


Data: 28/07/2006