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Estudo do Ipea aponta que empresas inovadoras geram mais empregos e remuneram melhor do que a média

Segundo o relatório, as grandes empresas, mais avançadas e mais inovadoras, geraram muito mais empregos que a média do país

A tese de que o investimento em tecnologia implica em perda de empregos não é confirmada na edição 2006 do trabalho Brasil: o estado de uma nação, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no dia 9.

A publicação é resultado de um amplo estudo sobre o mercado de trabalho nacional.

Segundo o relatório, as grandes empresas, mais avançadas e mais inovadoras, geraram muito mais empregos que a média do país.

Além disso, também é apontado que as empresas mais dinâmicas do ponto de vista tecnológico remuneram melhor.

Em relação ao desenvolvimento tecnológico, outro de seus efeitos sobre o mercado de trabalho diz respeito à qualificação da mão-de-obra que as empresas necessitam antes e depois de realizar a inovação.

Por outro lado, também é apontado que pode ser benéfico para a geração de empregos no país ampliar o número de firmas exportadoras que, além de empregar mais, remuneram melhor. "Firmas exportadoras pagam salários 24,7% superiores aos das não exportadoras."

O estudo ainda aponta que, das 84 mil indústrias que têm mais de dez funcionários no país, aproximadamente 30 mil realizaram, entre 2001 e 2003, algum tipo de inovação tecnológica ou possuem um projeto de inovação em andamento.

Entre as firmas brasileiras com mais de 500 funcionários, no entanto, mais do que sete empresas, em cada grupo de dez, realizaram algum tipo de inovação tecnológica.

Esses dados significam que, das 1.638 indústrias que têm mais de 500 funcionários e são responsáveis por 7,7% do emprego, cerca de 990 implementaram inovações de produtos ou processos.


Data: 16/08/2006