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ONG quer público de olho no aquecimento

Projeto tenta chamar atenção para efeitos da mudança climática no País

A organização ambientalista Greenpeace lança nesta semana uma campanha para tentar envolver a população no debate sobre mudanças climáticas - o que, dizem, já influencia negativamente a vida de milhares de brasileiros, com secas e tempestades inesperadas.

A campanha é formada por um relatório, uma exposição de fotos e um documentário - meio nos moldes do An Inconvenient Truth, filme protagonizado pelo político americano Al Gore sobre mudanças climáticas, que virou febre nos Estados Unidos.

A versão nacional não conta com políticos, mas com cientistas brasileiros, e do mais alto calibre. Eles validam a tese da organização ambientalista com um compêndio de pesquisas, depoimentos e fatos sobre o clima no mundo e no Brasil e suas alterações recentes causadas pela atividade humana, como a queima de combustíveis fósseis.

Na relação, estão a seca excessiva na Amazônia em 2005, quando rios caudalosos secaram completamente, a desertificação do semi-árido, estiagens prolongadas e tempestades como o Catarina, que arrasou centenas de casas na Região Sul.

Nem todos os eventos descritos no relatório foram rigorosamente relacionados pela ciência ao aquecimento global. Mas, diz o Greenpeace, assim serão com o agravamento da situação. "Gostaria muitíssimo de ver provado que estamos errados, que não somos vulneráveis às mudanças climáticas. Mas não é o que esperamos, infelizmente", diz Marcelo Furtado, diretor de campanhas na ONG.

O material será levado a dez capitais, além de pequenas cidades mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. Furtado espera que a população cobre do governo uma plataforma ambiental que contenha planos de ação para as populações fragilizadas pela situação futura.


Data: 24/08/2006