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CNI divulga documento com propostas para o próximo governo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou em 24 de agosto, em Brasília, o documento "Crescimento. A Visão da Indústria", com dez pontos que o setor considera essenciais para o crescimento da economia brasileira

A proposta será entregue aos candidatos à Presidência da República.

Entre as prioridades apontadas pela CNI, estão: redução do gasto público, tributação, infra-estrutura, financiamento, relações do trabalho, desburocratização, inovação, educação, política comercial e meio ambiente.

Segundo informações da Agência CNI, o presidente da instituição, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, defendeu a concentração de esforços nas reformas tributária, da Previdência e da legislação trabalhista.

"Não se promove crescimento sem trabalho e sem reformas. Não podemos viver de medida provisória em medida provisória", ressaltou Moreira Ferreira.

Na área de inovação, os industriais propõem a implantação de incentivos fiscais previstos em leis aprovadas recentemente, o aperfeiçoamento de marcos regulatórios favoráveis à inovação nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia e energias alternativas, ampliação do acesso ao crédito e subvenções para compensar os riscos das atividades de pesquisa e desenvolvimento.

No que diz respeito especificamente à carga tributária, a CNI sugere a adoção de um sistema com tributo único sobre bens e serviços, além da desoneração dos investimentos e simplificação dos procedimentos de recolhimento dos impostos.

De acordo com o documento, a redução dos gastos públicos e o aumento da eficiência do Estado poderiam reduzir a necessidade de financiamento do governo. Na visão da Confederação, essas reformas permitiriam a queda dos juros e o aumento dos investimentos privados.

Ainda segundo notícia divulgada pela Agência CNI, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 22,4%, nos últimos dez anos. Esse percentual está abaixo da expansão média de 45,6%, registrada pela economia mundial.

Outro dado sobre a expansão da economia indica que, entre 1996 e 2004, a indústria de transformação do Brasil teve um crescimento médio de 2% ao ano.

Segundo a entidade, esse ritmo de crescimento registrado nos últimos anos reduziu a participação do Brasil na economia global.

O documento tem como base os resultados das discussões entre os mais de mil empresários que participaram do Encontro Nacional da Indústria, nos dias 28 e 29 de junho, em Brasília.

Para
saber mais sobre o documento, acesse o site http://www.cni.org.br


Data: 28/08/2006