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Coordenador diz que “COBENGE é um marco na educação da engenharia do país”

Encerrado hoje, quinta-feira, 15, o XXXIII Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia - COBENGE 2005, que teve a presença de aproximadamente 600 pessoas, entre conferencistas, professores, pesquisadores, estudantes e convidados. O evento começou na segunda-feira, 12, e aconteceu no Centro de Convenções Raimundo Asfora, em Campina Grande - PB.

A visão do coordenador do Congresso, professor Benedito Guimarães Aguiar Neto, é de que "o COBENGE é um marco na educação da engenharia do país, e este ano trouxemos para Campina Grande discussões travadas há três anos, e conseguimos resultados positivos relacionados com a política nacional de valorização da engenharia, conforme anunciou o presidente da FINEP, Odilon Marcuzzo". Segundo Marcuzzo, este ano será lançado um programa de valorização da engenharia que vem sendo discutido com a comunidade acadêmica das engenharias do país, da qual a UFCG tem participado através de seus professores. O professor Benedito Aguiar integra a Comissão Nacional da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia - ABENGE, que elaborou a proposta de criação desse programa, do qual participará o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, e o MEC, através de suas agências FINEP, CNPq e Capes.

O professor Benedito Aguiar informa que ao longo dos anos se discute no Brasil a excessiva carga horária nos cursos de engenharia, que chega a 4 mil horas, o que é equivalente a 5 anos de duração. Ele diz que as experiências mostradas no Congresso permitiram aos participantes o conhecimento do que acontece nos Estados Unidos e na Europa, que investem na questão metodológica, onde a formação é me torno de 2 mil a 2.500 horas, equivalente a 3 anos de duração de um curso. "Face ao exposto, esperamos que estas duas exposições possam contribuir para uma discussão nacional e sirva de suporte para o trabalho que o Brasil deverá fazer na área metodológica das engenharias", opina o coordenador do COBENGE 2005.

Um dos pontos do Congresso considerado importante pelo professor Benedito, foi o intercâmbio internacional, além do já existente com entidades nacionais, a exemplo da ABENGE, que, na ocasião, apresentou uma proposta de mobilidade acadêmica, que vai permitir o intercâmbio de alunos entre instituições brasileiras e estrangeiras. Ele explicou que a idéia é de que os estudantes façam estágios, cursem disciplinas e desenvolvam outras atividades acadêmicas que venham ampliar seus conhecimentos.

Presidente do CREA-PB

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA-PB, engenheiro Sérgio Barbosa de Almeida elogiou a organização do Congresso, dizendo que "tudo saiu a contento, atendendo às expectativas dos participantes, o que foi bom para a UFCG e para Campina Grande, que teve sua economia aquecida. Os integrantes levarão uma boa impressão do Congresso e da cidade".

Sobre a discussão envolvendo a área profissional, Sérgio Almeida comentou que o Congresso permitiu a troca de idéias da qual participaram professores universitários, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, que juntos procuraram encontrar um caminho para a nova engenharia, dentro de um mundo mais globalizado, com tecnologia avançada, aplicada para os segmentos da engenharia e em prol da sociedade.

Propostas da ABENGE

Para o presidente da ABENGE, professor Sérgio Cordeiro, entidade que congrega mais de 170 escolas de engenharia do Brasil e que tem mais de 30 anos, o debate em torno das questões acadêmicas "é muito importante". Ele informa que o número de cursos no país é de 1.250 e existem mais de 50 habilitações, a exemplo das engenharias civil, elétrica, de pesca, têxtil, de petróleo, naval, minas, ambiental e sanitária.

O professor Sérgio Cordeiro disse que a ABENGE, diante da globalização, dos avanços tecnológicos e da diminuição das fronteiras geográficas, apresentou, durante o Congresso, uma proposta de flexibilização, que é o Programa de Mobilidades de Alunos de Engenharia - PIMAE, que vai permitir o aluno conhecer outras realidades que sirvam para ampliar seus conhecimentos e ajudar na sua formação profissional. Ele conta que essa realidade foi vivida através de um programa-piloto, realizado de 1 a 10 de agosto último, na Universidade de São Carlos, de São Paulo, com a presença de alunos das universidades de Goiás, Minas Gerais e Paraná, e da própria Universidade de São Carlos, cujos resultados foram satisfatórios e positivos. "Este é um dos programas da ABENGE que está dando certo no Brasil e pretendemos estendê-lo a outros países". Segundo ele, a ABENGE quer que o futuro engenheiro tenha conhecimento amplo e seja capaz de atuar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e do contexto social".


Data: 15/09/2005